sábado, 26 de abril de 2014

O Pequeno Grupo e o Discipulado

Precisa ficar claro que Deus não tem uma missão para Sua igreja, mas uma igreja para Sua missão. E esta é a missão de Deus, que foi comissionada em João 20:21: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio. ”O fato é que a igreja não tem uma missão em si. Mas, devido à entrada do pecado e ao processo degenerativo que esse trouxe ao mundo, Deus concedeu ao ser humano o privilégio de participar e se envolver em Sua missão. Jorge Henrique Barros, professor de Teologia Bíblica da Missão, acha que “missão é manifestar o amor do reino de Deus [...] através de palavras e obras, com vistas à transformação”. Essa transformação pode ser chamada de discipulado e faz parte do processo de crescimento em Cristo. Como as pessoas crescem espiritualmente? Como crescem no processo do discipulado? Ao falar do homem justo, o salmo 1 ilustra muito bem esse processo. O verso 3 diz: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido. “O texto mostra que o “justo” (o cristão em crescimento) está em conexão com a fonte da vida – ele tem íntima comunhão com Deus. Todavia, o texto vai além e declara que o justo dá fruto, suas obras são manifestas, sua vida não é vazia nem isolada, ele está envolvido na missão, sendo um canal de bênçãos. Os frutos são produzidos para beneficiar outras pessoas e para a honra e glória de Deus. É impossível ser frutífero vivendo isoladamente; precisa haver vida em comunidade. O amor que vem de Deus, de um constante crescimento e íntima comunhão com o Senhor, se manifesta nos círculos de relacionamentos humanos. Por fim, o texto afirma que o justo é bem-sucedido em todas as suas obras. A vida de comunhão e em comunidade conduz o justo ao seu comissionamento, as obras são automáticas e ele é bem-sucedido. Pode-se resumir dizendo que comunhão + comunidade = missão. Não se pode, nem deve separar uma coisa da outra, e para haver crescimento sadio no discipulado, as três partes devem estar conectadas. Ellen G. White esclarece isso ao dizer que “todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo no coração é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, ansiosos de beber da água da vida” (O Desejado de Todas as Nações, p. 195).A comunhão (que envolve estudo da Bíblia e oração) precisa ser diária, assim como o comissionamento; já o encontro regular com a comunidade pode ser repetido uma vez por semana por meio dos pequenos grupos. Está ficando cada vez mais comum ver igrejas cheias de membros relativamente autónomos e distantes, que mais parecem estar cumprindo um compromisso obrigatório de marcar a presença na igreja do que em buscar uma experiência genuína de adoração e comunhão colectivas a igreja deseja alcançar sucesso, ela precisa seguir os passos de Jesus. No Seu ministério, Cristo manteve o foco num grupo pequeno, que pode ser visto como um protótipo do discipulado. Jesus dedicou grande parte do 
Seu ministério a esse grupo, cujos membros alcançaram os confins da Terra. Manter o foco numa equipa contribui bastante para o sucesso no cumprimento da missão. Segundo David A. White, essa abordagem (1) produz mais frutos, (2) reúne uma variedade de dons e recursos, (3) gera mais ideias, (4) provê responsabilidades, (5) oferece encorajamento e suporte, e (6) treina futuros líderes (Your Church Can Multiply, p. 49-75).Qual foi o resultado do método de Cristo? A vida em comunhão e em comunidade, que os discípulos manifestaram no cenáculo, conduziu-os naturalmente ao comissionamento que resultou depois do Pentecostes. A estratégia usada por Jesus para conduzir as pessoas ao crescimento no discipulado pode ser dividida em quatro passos (orar, chamar, estar juntos e enviar) e é resumida em Marcos 3:13-14: “Depois, [Jesus] subiu ao monte e chamou os que Ele mesmo quis, e vieram para junto d´Ele. Então, designou doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar.” Orar. A passagem paralela de Lucas 6:12-16 diz que Jesus esteve no monte em oração durante toda a noite. Eis o primeiro passo da estratégia de Jesus: antes de chamar os doze, Ele passou a noite a orar. Antes de formar o Seu grupo, Ele clamou a Deus o Pai. O mesmo precisa acontecer hoje: a intercessão (oração) é fundamental em todo processo. O líder deve ter uma vida de comunhão diária. Chamar. O pastor ou ancião que pretende copiar o modelo criado por Jesus precisa, após muita oração, chamar aqueles que formarão o grupo protótipo, que passam a fazer parte de seu relacionamento mais próximo. O líder pode chamar entre três e dez pessoas com capacidade para aprender, que se dêem bem entre si, responsáveis, maduras na fé e com estilo de vida coerente e saudável (Ibid., p. 60-96). Essas pessoas serão futuros líderes de pequenos grupos. Portanto, é preciso escolher líderes em potencial, de ambos os sexos, de todas as idades, novos e antigos na igreja. É bom incluir no grupo uma pessoa de oração. Não que os demais não o sejam, mas alguém conhecido pelo dom da oração. “Jesus escolheu homens [...] dotados de natural capacidade, humildes e dóceis – homens a quem podia educar para Sua obra. Há, nas ocupações comuns da vida, muitos homens que seguem a rotina dos labores diários, inconscientes de possuírem faculdades que, exercitadas, os ergueriam à altura dos mais honrados homens do mundo. Requer-se o toque de uma hábil mão para despertar essas faculdades adormecidas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 250).Estar juntos. O verso 14 relata que os chamados “vieram para junto dEle”, Jesus estava com eles. “A mais elevada obra da educação não é comunicar conhecimentos, meramente, mas aquela vitalizante energia recebida mediante o contato de mente com mente, de coração com coração. Somente vida gera vida. Que privilégio, pois, foi o deles, por três anos em contato com aquela divina vida de onde tem provindo todo impulso doador de vida que tem abençoado o mundo!” (Ibid.).Recordando: comunhão + comunidade = missão. O líder ensina ao seu protótipo, por meio do exemplo e ensino, (1) a ter uma vida diária de estudo da Bíblia e oração; (2) a ter, entre eles, ao menos um encontro semanal para oração, estudo e planeamento (seu pequeno grupo); (3) a ter um modelo prático de cuidado e acompanhamento, de modo que eles possam copiar e praticar no futuro em seus respectivos pequenos grupos; (4) a ministrar a cada pessoa no grupo. Um detalhe: quanto mais próximos de Jesus os crentes estiverem, mais próximos estarão uns dos outros. Portanto, planeiem um retiro espiritual em um fim-de-semana. Depois, aguardem a atuação do Espírito Santo. Enviar. Chega o momento em que o líder deve encaminhar os membros do grupo a liderar seus próprios pequenos grupos, para que o modelo de crescimento seja reproduzido. Cada dupla do protótipo forma um novo pequeno grupo. O pequeno grupo (ou mais de um pequeno grupo) pode formar uma nova igreja. Eis uma visão geral do processo do protótipo:Comunhão: (1) orar; (2) chamar; Comunidade: (4) estar juntos; Missão: (5) enviar. Como afirma Ellen G. White, “a obra feita totalmente por uma pessoa é extensiva a muitas” (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 255). Concentrar-se em poucos é mais eficaz – além de ser um processo multiplicador – do que concentrar-se numa multidão. Entretanto, Jesus não abandonou o trabalho com as multidões, assim como o líder de hoje não deve abandoná-las quando se concentrar em poucas pessoas. Conduzir um grupo no discipulado é multiplicar seu próprio ministério e o alcance do mesmo. Finalmente, o líder precisa ter cuidado para que o protótipo e a reunião do pequeno grupo sejam conduzidos dentro do mesmo processo de crescimento apresentado pela Palavra de Deus: comunhão, comunidade e missão. Numa reunião, deve-se começar com a comunidade (conversar sobre a semana, desafios, etc.), depois é que se passa para a comunhão, fazendo a transição com uma oração, que pode mencionar algo que foi compartilhado na primeira parte. Em seguida, prossegue-se com o estudo da Bíblia, de forma dinâmica e participativa. A última parte é a condução das pessoas para a missão, desafiando-as a alcançar outras pessoas e a desenvolver novos pequenos grupos. Lembre-se de que a bênção alcançada deve ser reproduzida. O discipulado precisa ser levado adiante e não existe uma única forma pela qual ele deva ser conduzido, todavia os pequenos grupos e o protótipo formam um ambiente natural para seu progresso e estão em plena harmonia com o que foi desenvolvido por Jesus como exemplo de discipulado para a igreja em todas as épocas.

Aguinaldo L. Guimarães

domingo, 13 de abril de 2014

Cristo e a lei de Moisés

Texto principal:
"Se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em Mim; porquanto ele escreveu a Meu respeito" (Jo 5:46).

Muitos cristãos conheceram histórias sobre a relação supostamente negativa de Jesus para com a religião judaica, um equívoco lamentável que só ajudou a alimentar o antissemitismo (aversão aos judeus) ao longo dos séculos. Jesus falou contra os abusos da religião, isso é verdade, mas não contra a própria religião. Afinal, Ele foi o fundador dela.

De fato, os relatos dos evangelhos sobre Sua vida e ministério mostram que Jesus era um judeu fiel, totalmente imerso na cultura judaica, desde o momento de Seu nascimento até a última semana de Sua vida na Terra.

Como todo judeu fiel no primeiro século, Jesus estava sujeito à lei mosaica. Criado em um lar de pais judeus fiéis, Ele apreciava plenamente Sua rica herança terrena, enraizada na providência divina. Ele sabia que Deus havia inspirado Moisés a escrever essas leis, com o objetivo de criar uma sociedade que refletisse Sua vontade e servisse como farol para as nações. Ele cumpriu fielmente a letra da lei. Na circuncisão, na Sua visita ao templo para as festas e na Sua atitude sobre os impostos, Jesus permaneceu fiel a um sistema que seria cumprido por Sua morte na cruz e ministério celestial. Mesmo sabendo como tudo seria cumprido, Ele foi fiel.

Nesta semana, examinaremos mais algumas leis que o próprio Jesus cumpriu.

Circuncisão e dedicação (Lc 2:21-24)
Deus estabeleceu Sua aliança com Abraão, dizendo que ele seria o pai de muitas nações (Gn 17:4). Quando Deus fez essa aliança, Abraão estava com 99 anos de idade, tendo gerado Ismael poucos anos antes, e ainda não tinha visto o nascimento de seu filho prometido, Isaque. No entanto, ele foi instruído a circuncidar-se, assim como todos os homens de sua casa, e foi orientado a garantir que cada filho nascido em sua casa, a partir daquele dia, fosse circuncidado ao oitavo dia (Gn 17:9-12). Esse sinal era tão importante que a circuncisão ocorria mesmo que o oitavo dia caísse em um sábado (Lv 12:3; Jo 7:22).

Essa verdade nos dá uma compreensão melhor dos primeiros dias da vida de Jesus. Os evangelhos mostram que José e Maria foram escolhidos para ser os pais terrenos de Jesus, pelo menos em parte, por causa da sua piedade. José é descrito como um "homem justo" (Mt 1:19, NVI), e o anjo disse a Maria: "Achaste graça diante de Deus" (Lc 1:30). Quando Jesus tinha oito dias de vida, Seus pais realizaram a cerimônia da circuncisão e Lhe deram o nome, da mesma forma que havia ocorrido com um número incontável de meninos hebreus em tempos passados.

Imagine, o imaculado Filho de Deus, agora em forma humana, passando pelo mesmo ritual que Ele havia instituído muitos séculos antes!

1. Leia Lucas 2:21-24 à luz de Êxodo 13:2, 12 e Levítico 12:1-8. O que esses textos nos dizem sobre José e Maria? O que podemos aprender com o exemplo deles?

A Bíblia é clara ao dizer que Maria era virgem quando foi escolhida para ser a mãe de Jesus (Lc 1:27). Então, Jesus foi o primeiro filho que "abriu seu ventre". De acordo com Êxodo 13, todo primogênito entre os filhos de Israel (de animal ou humano) devia ser dedicado ao Senhor. A lei também determinava em Levítico 12:2-5 que, após o nascimento de um menino, a mulher ficava impura por 40 dias
(80 dias se fosse menina). No fim desse período, ela devia se apresentar ao sacerdote e oferecer um sacrifício. Como judeus piedosos, Maria e José cumpriram meticulosamente as obrigações da lei mosaica e garantiram que o Filho de Deus levasse as marcas da aliança.

Festas judaicas (João 5:1)
"Passadas estas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém" (Jo 5:1).

O primeiro grande período festivo no ano civil judaico eram os sete dias dos pães asmos, que começavam com a Páscoa. O festival comemorava a libertação dos israelitas da escravidão do Egito, quando o anjo da morte passou por cima (a palavra Páscoa significa passar por cima) das casas dos que colocaram o sangue nas ombreiras das portas.

2. Quantas vezes Jesus celebrou a Páscoa? Lc 2:41-43; Jo 2:13-23; Mt 26:17-20

Cinquenta dias após a Páscoa ocorria a festa de Shavuot, muitas vezes referida pelo seu nome grego, Pentecostes. Embora as Escrituras não apresentem uma razão para o Pentecostes, os rabinos acreditavam que o festival comemorava a entrega da lei a Moisés. Não há registro nos evangelhos de que Jesus tivesse celebrado o Pentecostes. No entanto, antes de Sua ascensão Ele aconselhou Seus discípulos a esperar em Jerusalém pelo batismo do Espírito Santo (At 1:4, 5). Esse evento realmente ocorreu no Dia de Pentecostes (At 2:1-4).

O último período de festas do ano civil judaico era a Festa dos Tabernáculos (Festa das Cabanas) e o Dia da Expiação (Yom Kippur). O Dia da Expiação representa o dia em que o pecado era purificado do acampamento e o povo estava em harmonia com Deus. A Festa das Cabanas comemorava o tempo em que Israel teve que viver em tendas no deserto.

Além das festas das leis de Moisés, os judeus têm outros dois festivais que comemoram a intervenção

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A Maior Necessidade: Viver como Cristo

Por mais que se enfatize a necessidade de reavivamento espiritual, nunca é demais. Assim, como o pastor Ted Wilson diz, este é o tempo para os líderes chamarem a igreja a orar pelo reavivamento.

O que é o Reavivamento?
Qual o seu Significado?

1. O reavivamento para ser real deve ser fundamentado na conversão. O reavivamento requer de nós em primeiro lugar uma genuína, certamente, experimentada quando se aceita Jesus como Único Salvador da nossa vida e provocou uma mudança na nossa mente. Ela é necessária, hoje e repetidamente, pelo simples facto que os nossos sentidos espirituais têm tendência a adormecer. Antes da nossa conversão, estávamos mortos nos nossos pecados (Ef 2:1), mas Deus através de Cristo perdoou os nossos pecados e nos tornou pessoas vivas (2:5; Cl 2:13). Como resultado, fomos conduzidos a uma vida nova a uma união com Cristo (Rom 6:4; João 15:1-10). Essa nova vida nos alcançou por meio do Espírito e relaciona-se directamente com as palavras de Jesus, que são Espírito e vida (João 6:63; 2ª Cor 3:6). A união dos crentes com Cristo é tão profunda que o amor de Deus é derramado nos seus corações. Cristo vive neles (Gal 2:20), eles vivem no e para o serviço em favor dos outros (1Jo 3:14; 2Co 13:4) e a eles é assegurado que as suas orações serão atendidas (João 15:7, 16, 23; 1ª João 5:14).

2. Reavivamento como retorno. Na nossa jornada como crentes, perdemos o relacionamento e por essa razão deixamos de viver como Cristo para viver uma vida “cristã” desencorajada e sem um vínculo forte com Cristo. A isto a Bíblia chama a perda do primeiro amor (Apoc 2:4). A mudança é necessária. Devemos conhecer as nossas necessidades e retornar ao lar como o filho pródigo (Luc 15:17-19). Quando o pai viu o filho, exclamou: “Este meu filho estava morto e reviveu” (15:24). Somente o amor de Deus revelado em Jesus, por meio do Espírito, pode mover-nos a restabelecer a união com o Senhor. Alcançamos o nosso verdadeiro destino quando, movidos por Ele, abrimos a porta (Apoc 3:14-22). Então, somos reavivados!

3. Reavivamento como estilo de vida. Reavivamento é a percepção de que perdemos  a nossa união vital com Cristo, que a influência do Espírito na nossa vida tem diminuído e que necessitamos fortalecer a nossa vida espiritual através do estudo da Palavra e de uma vida de oração e serviço em favor dos outros. Isso é como a vida cristã sempre deveria ser. Se não é assim, então necessitamos de reavivamento. À medida que nos aproximarmos do Senhor, o Espírito nos capacitará a compreender as Escrituras e a caminhar em santidade, mobilizando-nos a aplicar tempo de qualidade em comunhão com o Senhor e a pedir em oração pelo derramamento do Espírito. A manifestação do poder do Espírito na nossa vida está directamente relacionada com o nosso interesse no crescimento espiritual e no nosso engajamento na missão da igreja. O Espírito é dinâmico e, portanto, o Seu poder não é concedido aos que são indiferentes à missão de Deus. À medida que nos aproximarmos do fim do conflito, o Espírito virá com poder sem precedentes (a chuva serôdia) em preparação para a divina colheita. Devemos orar por esse evento e pedir que o Espírito nos use hoje, à medida que compartilhamos a mensagem.

4. Reavivamento não é só um estado emocional nem milagres, mas uma vida totalmente comprometida com o Senhor e nutrida por Ele por meio do estudo das Escrituras, da oração, receptividade ao poder e à presença do Espírito, e do ato de testemunhar. Se no nosso testemunho um milagre for necessário, o Espírito o realizará, e os milagres acontecerão em conexão com a chuva serôdia. Vamos todos juntos orar pelo reavivamento da primitiva bondade entre nós!


editor,

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O Crescimento da Igreja

 “Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” Efésios 5.27

Introdução: A Igreja primitiva crescia naturalmente. Se formos fazer uma estatística do seu crescimento veremos que o número de seguidores cristãos aumentava a cada instante chegando a um acréscimo de mais de mil por cento. Qual seria o segredo do crescimento desta igreja? Não há segredo, a Bíblia mostra que a Igreja crescia naturalmente.
Veja alguns dados do crescimento da Igreja Primitiva:
12 discípulos (Mateus 10.1-4 / Lucas 9.1)
70 discípulos (Lucas 10.1)
120 discípulos (Atos 1.15)
3.000 batizados (Atos 2.41)
5.000 convertidos (Atos 4.4)
O número continua crescendo ao ponto de perder a conta (Atos 5.14)
Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7)
Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)
Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
Gentios se convertem a Cristo (Atos 13.48,49)
Igrejas erguidas na Ásia menor e Turquia (Atos 14.1-28)
Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11,12; 17.4)
Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20).
Além do crescimento numérico, podemos observar a expansão territorial do cristianismo, devido à dispersão dos cristãos perseguidos. Também se percebe que a qualidade e o comprometimento dos cristãos dispostos a morrer por sua fé foi uma força para este movimento que crescia cada vez mais, diante das dificuldades.
Hoje se fala muito em estratégias para o crescimento da Igreja, mas as propostas são tantas que ficamos sem saber o que fazer. Existem igrejas que pregam o legalismo e crescem, outras o liberalismo e também crescem. Ainda há grupos que propõem sacrifícios e o povo obedece sempre crescendo, já outros não exigem nada e não conseguem crescer.
Qual é o segredo para o crescimento da Igreja?
Vamos refletir nas palavras de Efésios 5.27 e aprender sobre a importância da Santificação para o crescimento da Igreja:

1- Igreja GLORIOSA:
A Igreja Primitiva era gloriosa apesar de toda pobreza e simplicidade. Sua glória era a própria Glória de Deus que se manifestava no meio deles.
Hoje vemos muitas igrejas que se mostram ‘gloriosas’ com templos luxuosos e equipadas com todas as técnicas modernas, contudo a glória da Igreja não pode estar em outra coisa senão no poder de Deus que realiza maravilhas no meio do seu povo.
Muitas igrejas não têm crescido por causa do orgulho e outras cresceram muito porque tiveram humildade no começo do seu ministério e Deus manifestou a sua glória, mas com o tempo começam a envaidecer-se e caem porque “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6).
A Sua igreja tem sido gloriosa no sentido humano ou espiritual?
Deus quer uma Igreja cheia da sua Glória!
                             
2- Igreja Sem MÁCULA:
A Igreja primitiva era sem mácula, confusão ou pecado. Mas e o caso de Ananias e Safira em Atos 5? Sim eles pecaram, mas a Igreja não aceitou o pecado e Deus os castigou.
Algumas igrejas não crescem porque aceitam o pecado, tem receio de exortar o povo e não se prega santidade. Não existe força que possa vencer uma igreja, nem perseguição ou demónios, mas o pecado