sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cuidar dos Enfermos

Texto principal:
"E vieram a Ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os largaram junto aos pés de Jesus; e Ele os curou. De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel" (Mt 15:30, 31).

"Durante Seu ministério, Jesus dedicou mais tempo a curar os enfermos do que a pregar. Seus milagres testificavam da veracidade de Suas palavras, de que não veio para destruir, mas para salvar. Aonde quer que fosse, as novas de Sua misericórdia O precediam. Por onde havia passado, os que haviam sido alvo de Sua compaixão se regozijavam na saúde e experimentavam as forças recém-adquiridas. Multidões se ajuntavam em torno deles para ouvir de seus lábios as obras que o Senhor havia realizado. Sua voz havia sido o primeiro som ouvido por muitos, Seu nome o primeiro proferido, Seu rosto o primeiro que contemplaram.
Por que não haveriam de amar Jesus, e proclamar-Lhe o louvor? Ao passar por vilas e cidades, era como uma corrente vivificadora, difundindo vida e alegria" (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 19, 20).

O Messias que cura
1. Leia Isaías 53:4; Mateus 8:17; João 9:1-3. Em que sentido devemos entender esses textos? Quais perguntas eles levantam? Que esperança eles nos oferecem?

Na antiguidade, a doença era considerada resultado de ações pecaminosas. Quem já não se perguntou, em algum momento, se a enfermidade, sua ou de um ente querido, não foi trazida como castigo pelo pecado? No livro de Jó, seus amigos sugeriram que seus infortúnios, que incluíam doença, eram resultado de faltas ocultas. A implicação era que, de alguma forma, seu pecado havia causado seu sofrimento. De maneira idêntica, os discípulos de Cristo entendiam que a cegueira era um castigo pelo pecado. Isso sugere que a doença não requeria diagnóstico nem medicação, mas expiação. Mateus faz referência à profecia messiânica de Isaías, afirmando que Cristo cumpriu essa predição e que a cura pode ser encontrada nEle.

Várias tradições pagãs antigas incluíam divindades que curavam, mas nenhuma dessas tradições propôs que seus deuses realmente tomaram sobre si as enfermidades do povo. Isaías predisse sobre um Redentor que assumiria nossas enfermidades e pecados. Outras tradições antigas faziam provisão para a expiação substitutiva, a fim de beneficiar a realeza. Substitutos eram sacrificados no lugar do rei, para satisfazer os desígnios divinos contra um rei, transferindo assim a punição do mal de um indivíduo para outro. No entanto, em nenhum lugar houve tradições de reis que morreram como substitutos de Seus súditos.
Isso, entretanto, é exatamente o que Isaías predisse e que Mateus confirmou: a Realeza do Céu sofreu as enfermidades humanas. Curiosamente, a palavra traduzida como "sofrimentos" em Isaías 53:4 (NTLH) vem de uma palavra hebraica que significa, basicamente, "enfermidade" ou "doença".

Jesus reconheceu que Sua missão era ao mesmo tempo pregar liberdade e curar os quebrantados de coração (Lc 4:17-19). Ele atraiu muitos pelo poder de Seu amor e caráter. Outros O seguiram porque admiravam Sua pregação de fácil compreensão. Ainda outros se tornaram discípulos por causa de Sua maneira de tratar os pobres. No entanto, muitos seguiram a Cristo porque Ele tocou e curou seu coração quebrantado.

De alguma forma, todos sofremos. Será que nosso sofrimento nos ajuda a ter compaixão diante do sofrimento dos outros? Podemos aproveitar essa identificação para discipular pessoas?

Cura do corpo
2. Qual é a conexão entre doença física e pecaminosidade? Quais ideias não devemos tirar dessa história? Mc 2:1-12

Ao contrário da doutrina bíblica, a antiga filosofia grega separava na existência humana a dimensão espiritual (alma) da dimensão física (corpo). Acreditando que a alma humana era imortal, muitos gregos minimizavam a importância do corpo. Por ser o corpo temporal, era considerado menos valioso do que a alma, que permanecia.

De fato, em um dos mais famosos textos da antiguidade, Platão descreveu seu mestre Sócrates, prestes a enfrentar a morte, falando longa e eloquentemente sobre a corrupção e maldade do corpo. Também afirmou que, no momento da morte, sua alma imortal seria finalmente livre para fazer todas as coisas que o corpo a havia impedido de fazer.

A Bíblia ensina algo radicalmente diferente. O corpo humano é criação direta de Deus, que de modo assombroso e maravilhoso o formou (Sl 139:14). Além disso, o corpo não se separa da alma. Corpo, mente e espírito são apenas diferentes aspectos da personalidade ou existência humana, não entidades existentes

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A Promessa do Espírito Santo

A promessa — A nós hoje, tão certamente como aos primeiros discípulos, pertence a promessa do Espírito. Deus dotará hoje homens e mulheres com poder do alto, da mesma maneira que dotou aqueles que, no dia de Pentecoste, ouviram a palavra de salvação. Nesta mesma hora Seu Espírito e Sua graça se acham à disposição de todos quantos deles necessitam e Lhe pegarem na palavra. — Testemunhos Seletos 3:210. {SC 191.1}
A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou povo. Cristo declarou que a divina influência de Seu Espírito estaria com Seus seguidores até o fim. Desde o dia do Pentecoste até ao presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente ao Senhor e a Seu serviço. — Atos dos Apóstolos, 49. {SC 191.2}
Deus deseja refrigerar Seu povo mediante o dom do Espírito Santo, batizando-os novamente em Seu amor. Não é necessário que haja na igreja falta de Espírito Santo. Depois da ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos expectantes, crentes e entregues à oração, numa plenitude e poder que tocou todo coração. Futuramente a Terra há de ser iluminada pela glória de Deus. Daqueles que se acham santificados pela verdade resultará para o mundo uma influência divina. A Terra será circundada por uma atmosfera de graça. O Espírito Santo tem de operar no coração humano, tomando as coisas de Deus e revelando-as aos homens. — The Southern Work, 5 de Setembro de 1905. {SC 191.3}
É certo que no tempo do fim, quando a causa de Deus na Terra estiver prestes a terminar, os sinceros esforços dos consagrados crentes sob a guia do Espírito Santo serão acompanhados por especiais manifestações de favor divino. Sob a figura das chuvas temporã e serôdia, que caem nas terras orientais ao tempo da semeadura e da colheita, os profetas hebreus predisseram a dotação de graça espiritual em medida extraordinária à igreja de Deus. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi o começo da primeira chuva, ou temporã, e glorioso foi o resultado. Até ao fim do tempo, a presença do Espírito deve ser encontrada com a verdadeira igreja. — Atos dos Apóstolos, 54, 55. {SC 191.4}
O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a “chuva temporã”, e glorioso foi o resultado. A chuva serôdia será mais abundante, porém. Qual é a promessa para os que vivem nos últimos dias? “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro”. Zacarias 9:12. “Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia; o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água, e erva no campo a cada um”. Zacarias 10:1. — Testemunhos Seletos 3:211. {SC 191.5}
A boa vontade de Deus em conceder — O Senhor está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que O servem do que os pais a dar boas dádivas a seus filhos. — Atos dos Apóstolos, 50. {SC 192.1}
Em todos os tempos e lugares, em todas as dores e aflições, quando a perspectiva se figura sombria e cheio de perplexidade o futuro, e nos sentimos desamparados e sós, o Consolador será enviado em resposta à oração da fé. As circunstâncias podem-nos separar de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos, aonde quer que vamos, Ele Se encontra sempre à nossa direita, para apoiar, suster, erguer e animar. — O Desejado de Todas as Nações, 669, 670. {SC 192.2}
Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o Senhor, renovando-Lhe seus votos de consagração, Ele lhes concederá a presença de Seu Espírito, com Seu poder vivificante e