sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Crescimento da Igreja - Santificação

Efésios 5.27
“…para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”

Introdução: A Igreja primitiva crescia naturalmente. Se formos fazer uma estatística de seu crescimento veremos que o número de seguidores cristãos aumentava a cada instante chegando a um acréscimo de mais de mil por cento. Qual seria o segredo do crescimento desta igreja? Não há segredo, a Bíblia mostra que a Igreja crescia naturalmente.
Veja alguns dados do crescimento da Igreja Primitiva:
* 12 discípulos (Mateus 10.1-4 / Lucas 9.1)
* 70 discípulos (Lucas 10.1)
* 120 discípulos (Atos 1.15)
* 3.000 batizados (Atos 2.41)
* 5.000 convertidos (Atos 4.4)
* O número continua a crescer ao ponto de perder a conta (Atos 5.14)
* Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7)
* Cristãos espalham-se devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
* Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)
* Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
* Gentios convertem-se a Cristo (Atos 13.48,49)
* Igrejas erguidas na Ásia menor e Turquia (Atos 14.1-28)
* Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11,12; 17.4)
* Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20)
 
Além do crescimento numérico, podemos observar a expansão territorial do cristianismo, devido à dispersão dos cristãos perseguidos. Também se percebe que a qualidade e o comprometimento dos cristãos dispostos a morrer por sua fé foi uma força para este movimento que crescia cada vez mais, diante das dificuldades.
Hoje se fala muito em estratégias para o crescimento da Igreja, mas as propostas são tantas que ficamos sem saber o que fazer. Existem igrejas que pregam o legalismo e crescem, outras o liberalismo e também crescem. Ainda há grupos que propõem sacrifícios e o povo obedece sempre crescendo, já outros não exigem nada e não conseguem crescer.
Qual é o segredo para o crescimento da Igreja?
Vamos refletir nas palavras de Efésios 5.27 e aprender sobre a importância da Santificação para o crescimento da Igreja:

1- Igreja GLORIOSA:
A Igreja Primitiva era gloriosa apesar de toda pobreza e simplicidade. A sua glória era a própria Glória de Deus que se manifestava no meio deles.
Hoje vemos muitas igrejas que se mostram ‘gloriosas’ com templos luxuosos e aparatos tecnológicos [nada contra essas coisas], contudo a glória da Igreja não pode estar em outra coisa senão no poder de Deus que realiza maravilhas no meio do seu povo.
Muitas igrejas não têm crescido por causa do orgulho e outras cresceram muito porque tiveram humildade no começo do seu ministério e Deus manifestou a Sua glória, mas com o tempo começam a envaidecer-se e cairam porque “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6).
A sua igreja tem sido gloriosa no sentido humano ou espiritual?
Deus quer uma Igreja cheia da Sua Glória!
                             
2- Igreja Sem MÁCULA:
A Igreja primitiva era sem mácula ou pecado. Mas e o caso de Ananias e Safira em Atos 5? Sim eles pecaram, mas a Igreja não aceitou o pecado e Deus os castigou.
Algumas igrejas não crescem porque aceitam o pecado, ficam com medo de exortar o povo e não se prega santidade. Não existe força que possa vencer uma igreja, nem perseguição ou demónios, mas o pecado destrói igrejas de maneira desastrosa.
O secularismo tem feito com que muitos líderes se conformem com o pecado, mas a Palavra de Deus ensina “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12.2).
Mesmo que a Igreja seja formada por pessoas pecadoras, deve ensinar a santidade e pregar contra o pecado para esclarecer e libertar o seu povo. A igreja deve acolher os pecadores com amor, mas ser radical contra o pecado. Não nos podemos conformar com o pecado para agradar as pessoas ou com medo de as ofender.
A sua igreja conforma-se com o pecado?
Deus quer uma Igreja sem mácula!
“O Senhor poderia levar avante Sua obra sem nossa cooperação. Não depende de nós quanto a dinheiro, tempo ou trabalho. Mas a igreja é muito preciosa a Seus olhos. É o escrínio que encerra Suas jóias, o redil que Lhe abriga as ovelhas, e anela vê-la sem mácula nem ruga ou coisa semelhante. Anseia por ela com inexprimível amor. Eis porque nos tem dado oportunidades de trabalhar para Ele, e aceita-nos os serviços como testemunhos de amor e lealdade.” — Testemunhos Selectos 2:499.

3- Igreja sem RUGA:
A Igreja primitiva não tinha rugas porque era uma igreja nova. Mas com o tempo, muitas igrejas começaram a envelhecer perdendo a força e o vigor concedidos pelo poder do Espírito Santo.
Uma Igreja sem rugas é sempre renovada por Deus “porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a cada manhã” (Lamentações 3.22,23). Mesmo que a igreja tenha muitos anos de existência, deve sempre buscar o renovo de Deus.
O tradicionalismo tem ‘enrugado’ muitas igrejas impedindo que sejam renovadas por Deus. Passam-se anos sem ganhar novas vidas para Jesus e os crentes já estão velhos de igreja sem mudança de vida. Devemos buscar o poder do Espírito Santo quem mantém o povo sempre forte e cheio de vigor espiritual.
Buscar renovação não é querer somente novidade e sim que como Igreja “também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6.4). Deste modo ganhamos novas vidas para Jesus e a Igreja se mantém sempre renovada.
Sua igreja tem buscado renovação ou já está enrugada?
Deus quer uma Igreja renovada pelo seu poder!

4- Igreja SANTA:
A Igreja Primitiva era santificada pelo Espírito Santo. Uma comunidade movida pelo poder de Deus. O povo simples e humilde dependia tão-somente da graça de Deus para vencer tudo. Consideravam que só tinham um problema que era vencer o pecado e ganhar vidas para Jesus.
Uma Igreja Santa não é uma igreja legalista e cheia de rituais. A Igreja é santa quando combate o pecado e se ocupa na pregação do evangelho aos perdidos. Buscar ser santo não é ser arrogante ao dizer que não tem pecado porque se fizer isso estaria mentindo (I João 1.8), mas ao confessarmos os pecados e sempre buscar melhorar.
Como Paulo que ensinou que “não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.13,14). A santificação é algo que deve ser buscado todos os dias.
Em nossa cultura brasileira, o conceito católico de santidade faz o povo pensar que ser santo é algo impossível ou irreal. Mas no conceito bíblico, o povo de Deus é “santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 1.2). É muito importante pregar e enfatizar a doutrina da santidade nos dias atuais.
Sua Igreja tem pregado e buscado a Santificação?
Deus quer uma Igreja que busque santidade!

5- Igreja Sem DEFEITO:
Dizer que a Igreja Primitiva era sem defeito parece algo relativo. Um grupo de pessoas incultas e cheias de dificuldades lutando por uma nova fé e sem saber exatamente o que fazer. Em Atos 15 descreve o primeiro concílio da Igreja onde discutem vários problemas, mas no fim chegaram a um consenso movido pelo Espírito Santo.
Uma Igreja sem defeito não é uma igreja perfeita no sentido humano e sim um povo que almeja fazer a ”boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2). A Igreja é o “corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (I Coríntios 12.27). Quando perdemos membros deste corpo, ou os membros estão divididos entre si, o corpo fica defeituoso.
Muitas coisas têm deformado a Igreja cristã. Embora construímos templos suntuosos e tenhamos estruturas muito bem organizadas, muitos defeitos têm feito com que o Corpo de Cristo ande mancando. O maior defeito que tem prejudicado a Igreja é a injustiça movida por interesses humanos. As divisões e o individualismo têm prejudicado a obra de Deus.
A estrutura organizacional da igreja deve ser bíblica e dirigida pelo Espírito Santo. Tudo deve ser feito de maneira a manter o povo unido em um só propósito. Ninguém precisa ser maior e sim devemos servir uns aos outros. Igreja sem defeito é íntegra e consciente de seus problemas lutando para vencer.
Sua Igreja está dividida e mancando?
Jesus quer o Seu corpo sem defeito!

A Igreja precisa crescer!
CONCLUSÃO:
A Igreja Primitiva cresceu muito enquanto sua Glória foi a presença de Cristo, não tendo mácula ou maldade lutando contra o pecado, sem rugas conservado sempre em novidade de vida para não envelhecer, santificada pelo Espírito Santo e sem defeito ou injustiças.
Com o tempo, quando as igrejas começaram a buscar a glória para o homem ou para a denominação, começou a se conformar com o pecado, a igreja caiu no tradicionalismo, perdeu a ênfase na santidade e divisões começaram a prejudicar o corpo de Cristo. A partir de então a igreja deixou de crescer por causa desses problemas.
O Corpo de Cristo é vivo e saudável, por isso cresce naturalmente trabalhando ativamente pelo seu crescimento. A Igreja que Jesus quer apresentar para Deus é “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5.27).
O segredo para o crescimento da Igreja é a Santificação. Qualquer estratégia ou proposta de crescimento que seja baseada em dar toda glória a Deus e não aos homens, luta contra o pecado e a injustiça, mantém a igreja renovada, busca santidade e une o Corpo de Cristo, funciona. Qualquer método de crescimento que vise isto vai dar certo.
Sua Igreja tem crescido?
Uma Igreja saudável cresce naturalmente!

Pr. Welfany Nolasco Rodrigues

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Reação em Cadeia

Partilhar a fé por meio do relacionamento sempre foi e ainda é a maneira mais efetiva de disseminar o evangelho.Logo no início do meu pastorado, conheci o poder do evangelismo relacional. A experiência ocorreu na primeira igreja que pastoreei, assim que saí do seminário. No mês de julho daquele ano, Jane veio da Califórnia para visitar sua irmã Laura, em nossa cidade. Antes de voltar para a Califórnia, ela me pediu que visitasse a irmã, pois havia percebdo que ela era receptiva ao evangelho. De fato, Laura se tornou a interessada ideal.

Certo dia, fui com Sally visitar Laura. Imediatamente, começamos dois estudos bíblicos. Sally estudavacom Laura e sua filha Kim, no pavimento superior da casa. Enquanto isso, no inferior, eu estudava com a outra filha, Sue, e o esposo dela, Ty. Laura e Kim foram batizadas em menos de dois meses. Mesmo durante os estudos, elas tinham começado a partilhar Jesus com o filho, Charles, que foi batizado meses depois do batismo da mãe e da irmã.
Depois, Laura iniciou um pequeno grupo em sua casa e convidou uma vizinha, Dee. Algumas reuniões depois, Dee convidou o esposo, Ken, e umas duas semanas mais tarde, convidou Terry. Os três foram batizados seis meses depois de Laura. Enquanto Laura e Dee partilhavam a fé, Sue e Ty convidaram os amigos Jerry e Edger para estudar a Bíblia. Todos eles foram batizados cerca de um ano depois.
Esse é o poder do relacionamento. É isso o que a Bíblia chama de “evangelismo oikos”, que é mais bem traduzido como evangelismo doméstico, de amizade, ou em cadeia. Esse é o poder do convite; o poder de partilhar a fé com nossos filhos, amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho.
Imagine o que acontecerá quando alguém partilhar a fé com familiares e amigos! Sei que o mundo será um lugar melhor, por causa de nossa fidelidade em levar a sério a aventura de testemunhar. Imagine filhos, filhas, mães e pais no reino de Deus, alegrando-se com Jesus por toda a eternidade, porque alguém levou a sério a missão! Imagine alguém se aproximando de você e dizendo: “Estou aqui por sua causa!”
O que aconteceu com Sally, Laura e eu foi a demonstração do modelo bíblico de partilhar o evangelho. A Bíblia está cheia de relatos de pessoas levando seus queridos a Jesus. O Evangelho de João fala da história de André, um dos primeiros discípulos, levando seu irmão Pedro a Jesus (Jo 1:41). Então, no mesmo capítulo, lemos sobre Filipe encontrando seu amigo Natanael, e lhe apresentando o evangelho que o levou a se tornar também seguidor do Messias. Leia o relato: “Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo)… Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José” (Jo 1:41, 45).
Essa história é repetida nos evangelhos e no livro de Atos. Quando Paulo e Silas foram libertados da prisão em Filipos, eles transmitiram a Palavra de Deus ao carcereiro e a todos de sua casa. O resultado foi que naquele mesmo instante o carcereiro lavou as feridas dos dois prisioneiros, aceitou Cristo e toda a família foi batizada. Levando-os para casa, comeram e se alegraram, tendo crido em Deus (At 16:30-34). Tendo recebido o evangelho que lhe foi apresentado por Paulo e Silas, o carcereiro foi compelido a partilhá-lo com seus queridos. O evangelho é uma boa-nova tão maravilhosa que deve ser partilhada. Quando compreendemos isso, os obstáculos pouco representam; quando experimentamos a alegria da salvação, nossa tendência natural é partilhá-la com os que estão mais perto de nós.
Notemos como Jesus usou os princípios do “evangelismo oikos”. Depois de ter curado o endemoninhado, disse-lhe: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5:19). Ele sabia que o testemunho mais efetivo é a demonstração natural de uma vida transformada àqueles a quem amamos e em quem confiamos.
Em outra ocasião, Jesus viu Levi, filho de Alfeu, sentado em frente à coletoria de impostos, o convidou para segui-Lo e Levi prontamente O atendeu. Aqui está algo interessante: ao convidar Jesus para jantar em sua casa, Levi também convidou outros coletores para que ouvissem Jesus. O resultado foi que muitos daqueles se tornaram seguidores do Mestre (Mc 2:14, 15). Quando Jesus curou o filho do oficial do rei, este e toda a sua casa creram (Jo 4:53).
Quando uma vida é afetada pela vida de Jesus, essa vida e a dos que lhe estão próximos é transformada. Quando as pessoas veem como Jesus transformou nossa vida, a de nossos familiares, amigos e de todos os que fazem parte do nosso círculo de influência, observarão a mudança e também desejarão experimentá-la. Esse desejo as fará buscar a transformação e nos dará oportunidade de partilhar o evangelho.
Essa maneira natural de partilhar Jesus com familiares e amigos é chamada oikos, ou cadeia de relacionamentos. Oikos é efetivo porque é natural e opera sob dois grandes pressupostos. O primeiro é que, quando experimentamos Jesus e Sua alegria, seremos compelidos a partilhá-Lo. Segundo, quando nossos queridos virem nossa transformação, também a buscarão e se tornarão mais inclinados a experimentá-la. Tudo isso é feito de modo muito natural e em um ambiente de amor e aceitação.
Na Bíblia
Partilhar a fé através do relacionamento foi e ainda é a maneira mais efetiva de disseminar o evangelho. No Antigo Testamento, Deus pretendia que Israel fosse o agente proclamador de Sua salvação para o mundo. Israel devia ser a luz através da qual o mundo seria abençoado. O impacto planejado por Deus para ser exercido por Israelnão seria cumprido por uma personalidade carismática, mas pela influência de uma família amorosa. “Lá, comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrarei em tudo o que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor, vosso Deus” (Dt 12:7).
O Senhor nos criou para vivermos em comunidade, porque necessitamos uns dos outros. Ele deseja que essa comunidade de crentes faça diferença no mundo, partilhando a fé e o amor.
No Novo Testamento, temos algumas indicações que o relacionamento é o método preferido por Deus para pregar o evangelho. A encarnação é a grande prova disso. Jesus veio ao mundo como ser humano, vivendo, ensinando e morrendo como um de nós. Da leitura do Novo Testamento, especialmente nos evangelhos e no livro de Atos, também está claro que o relacionamento desempenha importante papel no ato de conduzir pessoas a Jesus.
Método mais efetivo
Pesquisas mostram que a maioria das pessoas aceita Cristo e se une à igreja através do relacionamento. Esse método não é importante apenas para levar pessoas ao Senhor, mas em conservá-las na igreja. Necessitamos de um grupo de apoio que nos anime, ore por nós e se comprometa conosco no sentido de promover um ambiente de crescimento, saúde e vitalidade espiritual.
De acordo com Win Arn, a menos que o novo crente conquiste entre sete e onze amigos nos primeiros seis meses, após a conversão, a possibilidade de ele deixar a igreja é muito grande. Mas, aqueles que desenvolvem um mínimo de sete relacionamentos e se sentem à vontade na igreja têm grande possibilidade de permanecer. De fato, ele diz que, entre aqueles que desenvolvem mais de onze amigos, o percentual de permanência na igreja é de quase 100%.Dessas conclusões, está claro que, quanto mais amigos o novo converso tiver, maior será a probabilidade de que ele permaneça na igreja.
Aqui estão algumas importantes razões pelas quais oikos é o modo mais efetivo de partilhar o evangelho:2
Ambiente natural para testemunhar. Para Laura, Dee, Sue e Ty, foi muito natural partilhar a fé com amigos e parentes. Eles estavam sempre juntos, em refeições ou momentos de lazer. Portanto, era natural partilhar mutuamente o amor de Deus. André levou Pedro a Cristo. Temos o privilégio de conduzir nossos irmãos, pais, filhos, amigos e vizinhos a Cristo.
Receptividade dos membros. Constantemente, ouço que somos mais efetivos com estranhos do que com nossa própria família. Isso não é verdade. A Bíblia está cheia de exemplos de familiares que levaram outros familiares a Jesus. Além de André e Pedro, temos Filipe apresentando Natanael a Cristo. O carcereiro de Filipos levando toda a sua casa a Jesus, e a lista continua. Quando as pessoas ao nosso redor percebem nossa transformação, elas serão atraídas ao Deus a quem adoramos.
Testemunho sem pressões. Como podemos ver nos exemplos citados, não existe pressão para batizar alguém em pouco tempo. Há um processo natural que toma lugar, com o passar do tempo, num contexto de amor e aceitação.
Apoio ao neófito. A maior razão pela qual as pessoas deixam a igreja é que não encontram um grupo de apoio para orar em favor delas, discipulá-las e animá-las constantemente. Porém, quando são levadas ao Senhor por um amigo confiável, elas já têm, nesse amigo, um pastor.
Melhor assimilação do neófito na igreja. O evangelismo oikos é um meio de assimilar as pessoas na vida da igreja. Todos os eruditos em crescimento de igreja concordam em que a assimilação é uma das tarefas mais difíceis do evangelismo. Sempre necessitamos de um grupo de aceitação na igreja. No caso do evangelismo oikos, isso acontece naturalmente. Chegamos ao Senhor e nEle permanecemos, através de relacionamentos. Semelhantemente, somos discipulados, animados e nutridos por meio de relacionamentos.
Alcance de toda a família. Vemos isso na Bíblia. Quando alguém aceita Jesus Cristo como Salvador e Senhor, frequentemente, essa pessoa acaba conquistando toda a família. Isso também foi verdade no exemplo de Laura e Sally. Evangelismo oikos é muito poderoso; é capaz de levar famílias inteiras a Jesus.
Ampliação das fontes de contatos. Esse tipo de evangelismo é uma espécie de reação em cadeia, cuja influência e efetividade não têm limites. Em uma reunião evangelística que dirigi, recebemos Sandra com sua filha de sete anos. Ela conhecia pouca coisa sobre a Bíblia e o cristianismo. Mas, o Espírito Santo a impressionou para ir à reunião e ela gostou do que ouviu. No fim da campanha, Sandra pediu o batismo. Sempre tive o hábito de providenciar um convite especial para que os batizandos entregassem a familiares e amigos. Aliás, o batismo é uma oportunidade evangelística. Quem vai assisti-lo pode se tornar um interessado com quem a igreja pode trabalhar.
Sandra levou 50 convites, e um dos convidados era seu pai. Ele tinha pouco interesse no cristianismo, mas aceitou ir ao batismo em apoio à filha. Depois da programação, realizamos um encontro de confraternização, e o pai de Sandra se sentou ao lado de um piedoso membro de nossa igreja. Ambos conversaram muito, fizeram amizade, descobriram que a pescaria era um hobby comum aos dois e combinaram pescar juntos no domingo seguinte. Três meses depois, tive o privilégio de batizar o pai de Sandra. O evangelismo oikos aumenta a possibilidade de contatos com futuros novos crentes.
Referências:
Charles Win Arn, The Master’s Plan for Making Disciples (Pasadena, CA: Church Growth, 1982), p. 43.
_____________, How th Reach the Unchurched Families in Your Community (Monrovia, CA: Church Growth, s/d) p. 45-53.
S. Joseph Kidder – Professor no Seminário Teológico da Universidade Andrews.