sexta-feira, 26 de abril de 2013

O que é a Igreja?

 


Sem entendermos a natureza da igreja, fica complicado entender crescimento de igreja. Se abordarmos a igreja de maneira alheia à sua natureza, estaremos ferindo-a e se houver algum crescimento, ele não será saudável e duradouro. Conforme como abordamos a igreja os novos discípulos que forem se unindo a ela, terão o perfil típico da abordagem que estamos dando.
Natureza da Igreja:
O Propósito de Deus Para Sua Igreja:
“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo aos “principados e potestades nos Céus” (Efés. 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus.” Ellen White, Atos dos Apóstolos, pág. 9.
Igreja na Bíblia
O termo igreja não aparece no Antigo Testamento (AT) na Bíblia em Português.[1] No Novo Testamento (NT) a palavra utilizada no grego para Igreja é ekklesia que vem da preposição ek = ‘para fora de’ e Kaleo = ‘chamar’.[2] Chamar para fora seria o melhor sentido para a palavra igreja, sentido este que daria muito material para estudo, por exemplo: a igreja não foi chamada para ficar ocupada consigo mesma, mas para sair e executar fora dela o motivo de sua existência ou a igreja foi enviada para chamar um povo para fora de algum lugar ou atividade.
O termo geral ekklesia significa ‘chamar pessoas para um lugar público’ é traduzido como igreja, reunião de crentes como em 1 Co. 1:2; 12:28; 2 Co. 1:1; Gl. 1:2; 1 Ts 1:1, bem como era para uma assembléia comum como em At 19:32, 39 e 41.
A Septuaginta usa a palavra ekklesia como tradução do termo hebraico qâhâl tendo significado de congregação, assembléia ou outro corpo organizado. No NT é principalmente utilizado por Paulo.
Igreja: um Corpo Vivo
A igreja é considerada um órgão vivo, como um corpo. Não estamos falando aqui do templo de adoração, estamos falando da soma e união de irmãos numa cidade, estado, país, e no mundo. Estes irmãos em tempo de bonança estarão se reunindo em templos de diferentes estilos e construções e estarão se organizando em estruturas institucionais para melhor organizar-se para o cumprimento da missão a ela confiada.
Esta mesma igreja, pode em tempos de perseguição existir de maneira diferente. Pode se reunir na casa de alguém, debaixo de uma árvore, nos bosques ou nas montanhas.
Este corpo vivo, do qual Cristo é a cabeça, tem uma natureza divino-humana. Explico: a) Natureza divina: Aquilo que Deus faz é perfeito. Tudo o que é bom e perfeito vem de Deus Tg. 1:17. As iniciativas e ações para a salvação vêm todas de Deus. A segurança que vem de Sua imutabilidade (Ml. 3:6), a força que vem de Sua Palavra (Jo. 8:32) e do poder do Amor (Ct. 8:6), que é a maior tradução da pessoa de Deus (1 Jo. 4:7-8) e mais dezenas de coisas que sabemos e outras centenas e milhares de coisas que não sabemos sobre bondade e grandiosidade de Deus. b) Natureza humana: é aquilo de imperfeito, limitado e finito que fazemos e às vezes precisamos fazer para ter um mínimo sentido de ordem. Criamos estruturas e leis para não sucumbirmos ao caos que é tão típico onde há muita gente reunida e cada um tem os mesmos direitos.
A igreja não é invenção de homens, tanto que a Bíblia a chama de igreja de Deus (1 Ti. 3:15). A Bíblia insiste que não deixemos episunagǒgĕ (congregar-se, juntar-se) – note que o termo vem de sinagoga: o chamado é para que não deixemos de “sinagogar” ou de “igrejar”.
Por que a igreja é tão importante? Por que simplesmente não ceder ao apelo dos adesivos: “Jesus sim, igreja não!”? Qual o plano de Deus com a igreja que é tão importante para nós? Por que temos necessidade e dever de nos congregar? Qual é a função da igreja?
A Igreja e o Grande Conflito
O pano de fundo para a compreensão de todas as doutrinas, inclusive a da igreja, é o Grande Conflito entre o bem e o mal.
Estudaremos a natureza e função da igreja num escopo mais amplo, visto do ponto de vista mais amplo do Conflito cósmico entre Jesus e Satanás.
No contexto do tempo do fim, e da última pregação do evangelho eterno Ap. 14:7 diz que “é chegada a hora do Seu juízo…” O que é aqui? Deus julga ou está sendo julgado? Será que a idéia do julgamento de Deus é estranha à Bíblia? Quem seria capaz de julgar a Deus?
Rm. 3:4 – tirado de Sl. 51:4 nos afirma que vai haver um julgamento.
Deus está sendo julgado em Seu julgamento. O Juízo pré-advento está em pleno andamento no santuário celestial desde 1844. Os mundos não caídos, os anjos caídos e não caídos, bem como todo o nosso mundo, querem ver se em Deus se encontram ambos: amor e justiça.
Para cada pessoa em julgamento, Deus está sendo a Sua mais pura essência (Ele não consegue deixar de ser amor), exercido em forma de graça e misericórdia para com a situação que envolve aquela existência. Ao mesmo tempo e na mesma Pessoa divina, a justiça se cumpre de maneira plena e perfeita (Sl 89:14; 97:2).
Como os anjos caídos e não caídos estão julgando a Deus? Como podem eles conferir que Deus é o que Ele mesmo sempre afirmou de Si mesmo? Qual é o elemento aferidor?
1) A vida de Jesus Cristo!
2) A Cruz sucedida da ressurreição!
3) A vida dos seguidores de Cristo!
Em Ef. 3:8-12 é mostrada toda responsabilidade da igreja diante dos poderes do bem e do mal. Em Rm. 16:19-20 diz qual vai ser a conseqüência de não fazermos a vontade de Deus. Em Mt. 7:21-23 Jesus declara toda a conseqüência de carregar o nome de Cristão sem viver o poder de Jesus 2 Tm. 3:5. No pastorado o melhor que vão fazer é “se introduzir pelas casas, levando cativas mulheres néscias, carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências, sempre aprendendo, mas nunca conseguindo chegar ao pleno conhecimento da verdade…” 2 Tm. 3:6-7.
Como Jesus pode esmagar Satanás debaixo de nossos pés? Como Ele pode reivindicar o seu caráter? Mt. 5:16 “…deixem vossa luz brilhar…” Para que? “…para que vejam…”
No final, quando estivermos nos 1000 anos, nenhum dos fiéis súditos vai ficar com dúvidas sobre o caráter de Deus. Todos vão entender que na vida de cada ser humano desde o início deste mundo todas as chances foram oferecidas, e que cada um teve oportunidades diversas para escolher ao lado de Deus (mesmo entre as nações pagãs).
Com este entendimento de igreja, inserida no meio de um conflito, tendo que cumprir um papel elevado, precisamos levar a igreja a viver uma vida em constante santificação no ser e no fazer.


[1] http://www.theopedia.com/Ecclesiology. Pesquisado em 10 de Fevereiro de 2008.
[2] Ibid.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Evangelismo Global


Livre-se do Medo e da Culpa
A evangelização deve ser uma parte da vida de cada cristão. No entanto, muitos crentes morrem de medo dessa palavra porque se imaginam buscando prosélitos nas esquinas, chamando de porta a porta ou passando noites sufocantes em alguma selva. Além disso, muitos cristãos se sentem nervosos em falar e despreparados para lidar com as perguntas das pessoas. Sim, alguns crentes têm um "dom de evangelismo" e eles são chamados a alcançar o mundo de formas dramáticas. No entanto, todos somos chamados a ser testemunhas de Cristo e isso deve ser uma extensão suave e natural da nossa vida cotidiana.

"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra." (Atos 1:8)
Evangelismo Global – Cresça Onde Deus o Plantou
Quando se trata do evangelismo global, não necessariamente precisamos procurar um campo missionário profundo em algum lugar longe de casa. Você provavelmente já está lá! Onde Deus o colocou? Onde você já passa a maior parte do seu tempo? Pense em seus amigos. Pense em sua família. Pense no seu local de trabalho.

E agora? Como cristão, será que devo de alguma forma subir numa caixa de sabão e pregar Cristo a todos que conheço ou passe a conhecer? Se eu não fizer isso, sou de alguma forma menos cristão? Devo me sentir culpado? De jeito nenhum! Entenda que o alcance global é um processo e, como crentes, somos todos uma parte desse processo, geralmente em um nível local. Na maioria das vezes, a evangelização não é um evento único, mas uma progressão gradual de cultivar confiança e relacionamentos crescentes em nossas vizinhanças e em todo o mundo. É o evangelismo relacional.
Evangelismo Global - Evento Único versus Processo Orgânico
"O evangelismo centrado em um evento define o sucesso como fazer com que uma pessoa ore para receber Jesus como Salvador pessoal. Entretanto, quando o evangelismo é visto como um processo orgânico, esta 'decisão' é apenas o passo culminante de um longo processo que Deus usa para aproximar uma pessoa para Si mesmo. O processo de Deus geralmente recruta um número de pessoas com uma variedade de dons -- cada uma com funções diferentes, mas vitais, para ajudar alguém a se aproximar de Jesus. Aceitar o dom divino da salvação -- obviamente a meta da evangelização – é dependente de muitos passos prévios" (Peel & Larimore, Going Public With Your Faith, 2003).
    Pois, que é Apolo, e que é Paulo, senão ministros pelos quais crestes, e isso conforme o que o Senhor concedeu a cada um? Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. De modo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, uma só coisa é o que planta e o que rega; e cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus… (1 Coríntios 3:5-9)

    Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. (João 4:35-38)

Evangelismo Global - Pense como um Fazendeiro e Plante-se no Processo
Então, o que é evangelismo global? Biblicamente, é todo o processo de cultivar, plantar, regar e colher por todo o mundo. Nós cultivamos o solo duro do coração e o preparamos para a verdade do Evangelho. Plantamos e aguamos o coração com o apoio emocional e evidência intelectual para o Evangelho. Finalmente, alguém recebe a bênção de fazer a colheita desse coração quando essa pessoa toma a decisão deliberada de receber o dom da salvação através do nosso Senhor Jesus Cristo. Como crentes, não somos necessariamente chamados a uma vida de "pregar o Evangelho". No entanto, somos todos chamados a fazer a nossa parte no processo orgânico de evangelismo global. Somos todos chamados a ser agricultores de Cristo no campo da Sua Grande Comissão!

Pr Dilson Bezerra - Testemunho



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Testemunho Cristão

Somos Apenas Chamados a Compartilhar
 O testemunho cristão é apenas compartilhar a nossa fé sincera em Cristo - o que Ele tem pessoalmente feito para mudar a nossa vida! Não somos chamados a forçadamente levar alguém ao céu através de debates ou discussões. Somos apenas chamados a compartilhar! Como no tribunal, somos chamados a ser testemunhas do Evangelho, e não a ser o advogado, juiz ou júri... Deixe isso nas mãos de Deus!
Não se trata de Intelecto ou Debate
Na sua carta à Igreja de Corinto, Paulo aborda o coração do testemunho cristão:
 
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1 Coríntios 2:1-5)
 
Compartilhe de Forma Simples, como uma Criança
 O coração do testemunho cristão pode ser melhor descrito através das palavras de uma adolescente apaixonada pelo Senhor. Aqui está um "testemunho" de uma menina de doze anos que só quer compartilhar o amor de Cristo e o propósito de Deus...
 
Olá colegas e estudantes da escola média e secundária. Estou aqui apenas para expressar algumas coisas que talvez estejam acontecendo a muitos de nós hoje. Eu sei que tenho apenas doze anos, mas realmente espero poder ajudar alguns de vocês a conhecerem e se aproximarem de Cristo. Conheci Jesus quando tinha apenas cinco anos de idade. Naquele tempo, eu pensava: "Se eu for à igreja todos os domingos e acreditar que Ele é real, irei ao céu!" Entretanto, não é assim que funciona. Deus não nos colocou nesta terra para fazer "coisas" e ser "perfeito", não, em vez disso, estamos aqui para fazer uma escolha e aprender a amar o nosso Criador e Pai do céu através da dádiva de Seu Filho, Jesus Cristo. Não temos que poder fazer nada ou nos preocupar com nada - só precisamos receber Jesus e descansar no que Ele tem planejado para as nossas vidas.
 
Como uma cristã, ainda tenho muitos problemas na minha vida, mas tento resolvê-los da melhor forma possível. Sei que nada que eu fizer será perfeito ou o melhor no mundo, mas Deus não está preocupado com isso - Ele só quer que eu o ame. Às vezes oro a Deus e parece que não recebo uma resposta. Neste ponto, muitos de nós pensamos que Deus nos abandonou pelo resto de nossas vidas... mas, na verdade, Ele só está nos testando e edificando o nosso caráter. O Senhor nos dá muitos testes na vida... para mim, como uma adolescente cristã, um dos meus testes é a solidão. Será que Deus teria me colocado nesta terra para ser solitária? Será que me colocou aqui apenas para rir dos meus “erros” todos os dias? Claro que não. Ele me colocou aqui - como todos vocês – para que possamos agradá-lo. Somos os Seus filhos e Ele quer que cresçamos em Seu plano e propósito para nossas vidas.
 
O Poder da nossa História Encontra-se apenas em Jesus
 Para mim, o testemunho cristão trata-se de revelar o Jesus invisível na vida das pessoas. Colocar toda a sua fé e todo o seu amor em alguém que você não pode ver... é difícil! Sei disso porque eu costumava acreditar que Jesus não era real. Entretanto, agora, eu não só acredito em Jesus, mas acredito que Deus me colocou nesta terra para um propósito muito importante, e espero um dia cumprir esse propósito. Talvez você às vezes pense: “se Jesus realmente está aqui conosco, então por que não me ajuda na minha época de maior necessidade? Por que permite que as pessoas fiquem doentes? Por que as pessoas morrem?” Eu creio que Jesus está aqui para cada um de nós se apenas pedirmos... Jesus é a chave para tudo! Não enfrentem a solidão sozinhos. Não enfrentem a pressão dos colegas na vossa própria força. Nunca tenham medo da morte. Vivam uma vida de fé e amor em Cristo! Provações, medos, ansiedades e até mesmo a morte estão todos nas mãos do nosso Salvador, Jesus Cristo. Aceitem o Seu dom de amor e vivam verdadeiramente felizes para sempre... independentemente das circunstâncias!
Testemunho de criança perseguida na Coreia do Norte.
COREIA DO NORTE (1º) - O norte-coreano Jong-Cheol (esse não é seu nome verdadeiro) cresceu sem seu pai, que morreu jovem. Quando era pequeno, a avó lhe contava histórias bíblicas. Como muitas crianças que vivem na Coreia do Norte, assolada pela fome, depois de certa idade, ele começou a perambular pelo país à procura de comida até que um dia cruzou a fronteira com a China. Na China, o menino foi recolhido por um missionário chinês. Foi ali que ele conheceu Jesus e o aceitou como seu salvador pessoal. Naquele momento entendeu que sua mãe e sua avó também eram cristãs. Certo dia, Jong-Cheol foi capturado com outras crianças. A polícia chinesa os prendeu e eles foram deportados para a Coreia do Norte, fato que ocorre com milhares de crianças e adultos todos os anos (e que é o motivo do protesto internacional). De volta à Coreia do Norte, as crianças eram interrogadas diariamente, às vezes com uso de violência. Uma das crianças não resistiu e contou que Jong-Cheol era cristão. O menino foi executado por recusar-se a negar Jesus.
“Mas esse ainda não é o fim da história”, diz Simon. “Outras crianças foram libertadas e fugiram para a China novamente. Elas disseram que Jong Cheol não negou o Senhor Jesus nem uma vez.” Assim como Jong Cheol, de apenas 11 anos, há muitos cristãos que querem permanecer fiéis ao seu Redentor até a morte.
Infelizmente, em países livres como o Portugal, há aqueles que se desviam dos seus caminhos e não resistem nem às pequenas provações.
Revele aos outros que você é cristão a partir do seu comportamento, mais do que propriamente em palavras. Seja luz do mundo e sal da terra. "Sê tu uma bênção" (Gen 12:1 a 3).
Fonte: osceifeiros.blogspot.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

As Duas Estruturas de uma Igreja

Dentro de cada igreja local e consequentemente a outros níveis do corpo de Cristo sobre a Terra, temos duas estruturas: a estrutura Missional e a estrutura Congregacional.
As duas são distintas em função e natureza, apesar de fazerem parte da mesma igreja. As duas podem complementar-se ou colidir. Paulo insiste em diversos texto pela unidade da fé (cf. 1 Co. 1:10; Ef. 4:3 e 9-16; Cl. 2:2). As diferenças que as duas apresentam podem ser fonte de confrontos e conflitos internos na igreja, mas não é bom que seja assim.
Houve confronto entre personalidades e os seus seguidores no passado, mas Paulo apelou: “…cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo. Será que Cristo está dividido? foi Paulo crucificado por amor de vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” 1 Co. 1:12-13.
E ainda: “Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. De modo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, uma só coisa é o que planta e o que rega; e cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.” I Co. 3:6-8.
A insistência de trabalharem em equipe, se ajudando mutuamente era a pregação de Paulo. O plano de Deus é que estas estruturas sejam complementares assim como um homem e uma mulher se complementam em um casamento.
Estrutura Congregacional:
  • É mais para Igreja – funciona como igreja estabelecida. É conhecida e reconhecida no local onde está situada. É como sefosse um exército.
  • Governo: Consenso – As decisões são tomadas em comissão, por votação e segue-se a vontade da maioria.
  • Foco: Gente – Pessoas e o seu bem-estar são o foco da igreja. Existe a tendência de prover conforto e programas agradáveis para que as pessoas, membros da igreja, se sintam bem.
  • Compreensão de si: Pluralística – Tem uma auto-imagem de diversas frentes de ação e funções. Pensa-se em termos de complexidade e de harmonia entre todos as atividades e ministérios da igreja. Tendência para tratar todos os ministérios de maneira igual em poder de decisão, espaço de tempo nos programas e orçamento para trabalho.
  • Prioridade: manutenção – Manter e melhorar o que se tem é a prioridade.
  • Lento em fazer mudanças – Como há muitas comissões, e todos querem o direito de voz e voto em cada questão que se apresenta na igreja, a máquina tende a ser lerda e difícil de mudar de direção. Como esta estrutura provê estabilidade, qualquer tentativa rápida de mudança de rumo é vista com suspeita e medo.
  • Preocupações múltiplas – Há muitos departamentos, e ações ocorrendo simultaneamente: Jovens, ADRA, Ministério da Mulher, Escola Sabatina, diaconato, departamentos infantis, Desbravadores, Aventureiros, etc… Todos querem promover seu departamento e seus programas. Calendário se torna difícil de administrar, nas finanças se torna quase impossível conseguir atender a todos de maneira satisfatória.
  • Consolida avanços – Os avanços adquiridos são consolidados pela estrutura Congregacional. Se a Missional invade e conquista um espaço a estrutura Congregacional a consolida e fortalece institucionalizando-a.
  • Enfatiza o “SER” – Programas incentivando o aprofundamento espiritual, a santificação enfatiza o desenvolvimento do ser, o caráter, a moral, a boa reputação são exaltados. Tende a transmitir a mensagem subliminar de que se eu estou bem diante de Deus eu não tenho que fazer nada.
  • Crescimento Biológico: tende a crescer numericamente não por batismos, talvez por transferências se a programação for boa, mas mais pelos filhos que nascem a membros da igreja.
  • Nível de comprometimento baixo – O envolvimento é limitado, pois poucas igrejas conseguem envolver os 60% de membros envolvidos em alguma atividade recomendados para a saúde de uma igreja. Como o envolvimento é limitado o comprometimento com a igreja local é limitada. As pessoas vêm quando o programa é bom ou o pastor é bom pregador, não para crescerem como discípulos maduros e assumirem o seu ministério diante de Deus. Tende a produzir aquela satisfação de dever cumprido no fato de ir à igreja.
  • Alimenta espiritualmente – A estrutura alimenta o rebanho e pode levá-lo à compreensões mais profundas do evangelho e da vida. Tende a intelectualizar o que espiritual/relacional e teorizar aquilo que é prático.
  • Burocrático, complicado: tende a ser burocrática, usando as suas estruturas institucionalizadas para controlar e sistematizar iniciativas e esforços, complicando ações que seriam relativamente simples em seu plano inicial.
  • Controla, supervisiona, estrutura – a frase “isto tem que passar pela comissão” é freqüente. Os líderes querem, e para o bom funcionamento (como o entendem) precisam supervisionar e controlar as ações que são realizadas em nome da igreja.
  • Cuida de pontos doutrinários e crenças – Em sua busca de estabilidade e segurança promove um corpo de crenças para prover unidade na fé e pensamento entre os crentes. Explica o entendimento que tem de cada ponto doutrinário da Bíblia.
  • Protege a igreja e suas tradições – Protege patrimônio, finanças e estruturas estabelecidas. Promove o nome da instituição
  • Tende a engolir a estrutura Missional – Como a estrutura Missional é exposta a situações inusitadas, precisa espaço e poder para tomar decisões rápidas; simultaneamente não é geradora direta de recursos financeiros, pelo contrário consome os recursos que a igreja local produz; a ênfase e desafio da igreja direcionam a cultura organizacional para a mentalidade Congregacional, muito menos para a Missional. Estes e outros fatores impelem a estrutura Congregacional de engolir e neutralizar a estrutura Missional, mesmo sem intencionalidade.
  • Busca equilíbrio e estabilidade – há diversos elementos de diferentes naturezas que cooperam com este fenômeno, entre elas:
  1. Familiaridade: o valor de reconhecimento que as pessoas precisam para se identificar com uma instituição e seus programas. Há elementos que precisam estar presentes em um culto público regular para que seja feito com ordem e decência. Estes elementos precisam ser repetidos, para se tornarem familiares. O efeito colateral é que ao se repetir suficientes vezes para que o efeito de familiaridade se instale na mente das pessoas, estes elementos viram tradição e se praticados por muito tempo, viram ícones que recebem valor sagrado intocável. Conseguiu-se a estabilidade, mas instalou-se um elemento que em sua natureza não tem nada de sagrado, porém é considerado por aquela comunidade de fé como tal.
  2. Cansaço de um mundo instável: As pessoas que são convertidas na fundação da igreja, e as outras que vão se unindo a esta igreja, vieram de um mundo de pecado e instabilidade. A igreja se torna um porto seguro, um local de descanso, onde não precisam temer as mesmas instabilidade e inseguranças que tinham “lá fora no mundo”.
  3. Corpo Doutrinário: “o que cremos como igreja?” é a pergunta que move a estrutura Congregacional na busca de definição de seu corpo doutrinário. Para não ficar à mercê de constantes e desgastantes controvérsias e explicações, a estrutura Congregacional tende a buscar definições e clareza naquilo que a igreja deve crer. Pessoas são admitidas e removidas com base neste código organizado. Os valores que uma igreja encontra na Bíblia são sistematizados pelas ciências de estudo e interpretação das escrituras e foco é dado num mínimo aceitável para que quem quiser participar desta igreja creia.

Estrutura Missional:

  • É mais para seita (para-igreja) – Funciona como uma seita, um movimento. Não é conhecido e não tem localização específica. Funciona como um batalhão de táticas especiais.
  • Governo: Missão – As decisões são tomadas com base na utilidade da decisão para o cumprimento da missão. Se um grupo destoar e não quiser deixar a missão governar as decisões, é excluído.
  • Foco: Tarefa – O alvo a ser cumprido neste momento e local dá o foco para toda a atividade e recursos.
  • Compreensão de si: “nós e outros” – Uma compreensão peculiar de identidade e missão marca a estrutura Missional.
  • Prioridade: expansão, extensão – Avançar é a máxima. Conquistar pessoa a pessoa para o Reino de Deus, conquistar território a território é prioridade, o resto é todo secundário e recebe pouca ou nenhuma atenção.
  • Ágil em fazer mudanças – Como o grupo é pequeno e as prioridades e foco estão claros, não há muito tempo para perder em grandes discussões e votações democráticas. Muitas vezes aquele que no momento está mais sintonizado dá a ordem e os outros se submetem.
  • Preocupações concentradas – Há uma preocupação: pregar, pregar, pregar e uma que é conseqüência quase que natural, colher.
  • Faz os avanços – A estrutura Missional está toda voltada e se realiza com os avanços que faz. A cultura corporativa e os valores da Estrutura Missional incentivam e premiam o avanço. Há realização pessoal no avanço e conquista. A covardia e insegurança são reprimidas.
  • Enfatiza o “FAZER” – as realizações e consecuções são aplaudidas e aquilo que é feito valorizado. O desenvolvimento do “SER” é visto como uma consequência do “FAZER”. Ao eu dar estudos para as pessoas eu desenvolvo a paciência, o amor e a humildade.
  • Crescimento por conversão – A estrutura Missional não está interessada em crescimento por transferência ou por nascimento. Não quer nem administrar este crescimento. A única coisa que interessa é ganhar almas que ainda não pertencem ao Senhor para o Seu Reino.
  • Nível de comprometimento alto – Cada um que faz parte da Estrutura Missional, sabe a dor e a alegria de se ganhar uma alma para o Reino de Deus. Como conseqüência a convicção é forte e o envolvimento e comprometimento como projeto em questão é altíssima. Dificilmente alguém que participa da Estrutura Missional não é auto-motivado.
  • Desafia espiritualmente – A Estrutura Missional pressupõe bem-estar espiritual e passa rápido para o desafio. A frase mais ouvida é: “Se você é cristão, então como você não gosta de pregar o evangelho?”
  • Fácil, descomplicado – como a Estrutura Missional é simples na organização, nos objetivos, no propósito e no foco, não há complicações.
  • Delega, avança, cria estruturas simples – O nível de comprometimento é alto, a missão está clara, se há mais trabalho do que certo grupo pode dar conta, a Estrutura Missional não tem dificuldades de delegar.
  • Prega doutrinas e crenças – O conteúdo ensinado é organizado conforme a necessidade do grupo de ouvintes. Claro que se preocupam com a ortodoxia do conteúdo, mas estão mais preocupados com a transmissão do conteúdo.
  • Ataca na frente de batalha – Enquanto a estrutura Congregacional está preocupado em proteger a igreja e suas tradições, a Missional quer expandir a igreja e não liga nenhum pouco para as tradições.
  • Tende a se ressentir contra a Estrutura Congregacional – Como partem de pressupostos diferentes e tem alvos diferentes as duas estruturas tendem a ter problemas uma com a outra. Como quem detém os recursos financeiros e o poder de mando é a Estrutura Congregacional, a Missional tende a se ressentir, pois sempre é muito difícil conseguir as coisas e avançar dependendo da Congregacional.
  • Pronto a enfrentar lutas e desconfortos – Está disposta a enfrentar as dificuldades ligadas à pregação do evangelho por causa da clareza que tem de ser este o objetivo principal da existência de uma igreja.

As duas Estruturas frente a frente:

Há necessidade das duas estruturas na igreja. Se houver apenas uma o corpo morre. Se apenas a Congregacional subsistir, ela vai se consumindo pela autofagia inevitável de igrejas que se concentram em si. Como diz Allison & Anderson: “Quando uma igreja se concentra em si, ela morre!”[1] Por outro lado se houver apenas a estrutura Missional, ela não subsiste por falta de organização e recursos financeiros que a apoiem.
Diz a estrutura Congregacional que “um corpo sobrevive sem pernas, por mais que seja difícil”. A estrutura Missional afirma: “se vocês não ajudarem avançaremos pela fé.” Ambas têm teor de verdade alto, mas por que não trabalhar em equipe, unidos como o apóstolo Paulo tanto o recomenda? Cada um conforme o seu dom deve cooperar para com o crescimento do reino de Deus sobre a face da terra.
O relacionamento entre as duas estruturas precisa ser trabalhado e feliz é o pastor e líder de igreja local que consegue colocar azeite entre as duas rodas desta engrenagem. Os líderes das duas estruturas precisam ser instruídos a entender a função de sua própria estrutura e da outra a qual tende a não entender.

Tabela – Tendências

T
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D
Ê
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C
I
A
S
Estrutura CongregacionalEstrutura MissionalT
E
N
D
Ê
N
C
I
A
S
É mais para IgrejaÉ mais para seita (para-igreja)
Governo: ConsensoGoverno: Missão
Foco: GenteFoco: Tarefa
Compreensão de si: PluralísticaCompreensão de si: “nós e outros”
Prioridade: manutençãoPrioridade: expansão, extensão
Lento em fazer mudançasÁgil em fazer mudanças
Preocupações múltiplasPreocupações concentradas
Consolida avançosFaz os avanços
Enfatiza o “SER”Enfatiza o “FAZER”
Crescimento BiológicoCrescimento por conversão
Nível de comprometimento baixoNível de comprometimento alto
Alimenta espiritualmenteDesafia espiritualmente
Burocrático, complicadoFácil, descomplicado
Controla, supervisiona, estruturaDelega, avança, cria estruturas simples
Cuida de pontos doutrinários e crençasPrega doutrinas e crenças
Protege a igreja e suas tradiçõesAtaca na frente de batalha
Tende a engolir a estrutura MissionalTende a ressentir-se contra a E. Congr.
Busca equilíbrio e estabilidadePronto a enfrentar lutas e desconfortos
Tensão é inevitável por que elas são diferentes e as pessoas tendem a desconfiar daquilo que é diferente. Porém, onde há diferenças, é também onde existe o maior potencial para complementação e crescimento. Onde há unidade na diversidade é onde o Espírito de Deus mais gosta de trabalhar.
Ambas as estruturas deveriam ser semi-autônomas no processo de fazer decisões, bem como mutuamente relacionadas em propósito e objetivo. Isto quer dizer:
  1. Distribuir entre as duas estruturas o poder de decisão. Pelo menos aplicar o princípio de Win Arn, de misturar as duas estruturas mantendo sempre recém conversos nas reuniões de comissão. Eles são os que mais ligação têm com o sentido da estrutura Missional, eles que têm mais contatos e amigos fora da igreja. Segundo Arn “pelo menos um em cada cinco membros da comissão devem ter-se unido à igreja nos últimos dois anos.”[2]
  2. Se a igreja for muito consciente, manterá o grupo de oficiais com o foco na missão, treinando-os e fazendo-os entender que a função principal da igreja é ganhar almas para o reino de Deus. Segundo Arn é necessário pelo menos um líder da igreja dedicado à estrutura Missional para cada três ativos na estrutura Congregacional.[3]
  3. Arn também chama atenção para o tempo gasto em cada estrutura. Ele afirma que uma relação saudável seria 3:1, ou seja, para cada três horas investidas para a manutenção da igreja (todas as horas de oficiais e pastor somadas), pelo menos uma hora deveria ser gasta para pregar o evangelho e servir a comunidade.
  4. As finanças devem ser discutidas em conjunto e entre as atividades da igreja, a missão deve ter a prioridade número 1, não apenas na agenda de discussões, mas também no orçamento da igreja.
  5. Deve ser um valor clara e amplamente comunicado com plena intencionalidade: que não há igreja sem missão e nem missão sem igreja. Os membros devem estar com a mente e o coração marcado por esta ênfase. Não pode ser apenas uma frase bonita, que se chama de missão da igreja local, escrita num quadro e pendurado na parede da sala de reuniões, precisa ser a linguagem e desejo de cada membro.
  6. Todos os cargos e estruturas da igreja devem estar a serviço desta parceria. Cada setor e departamento devem estar envolvido nesta parceria.
  7. Programas devem ser estabelecidos para envolver a igreja como um todo para cooperar com esta dupla estrutura eclesial.
O relacionamento deve ser simbiótico não independente. As relações numéricas de Win Arn são sugestivas a partir de estudos daquilo que ocorre de fato na prática das igrejas locais norte-americanas.
Em outros estudos, no entanto é mostrado que quando há uma tendência maior para a estrutura Missional, isto é, quando o complexo todo se move para a direita na figura 2 abaixo, há maior crescimento.

Parece que a afirmação de proporcionalidade direta entre tendência para a estrutura Missional e o crescimento numérico de membros se comprova na realidade. Em outras palavras, quanto mais se tende à Estrutura Missional, maior o crescimento numérico da igreja.
Creio no entanto que deve haver um limite para esta tendência. Deve haver um máximo ideal depois do qual, por falta da Estrutura Congregacional, a estrutura Missional começaria a sofrer e pelo dano perder conversos.
Se fosse verdade que uma tendência ilimitada na direção da Estrutura Missional seria sempre diretamente proporcional ao crescimento em número de membros, não seria necessário estabelecer-se a Estrutura Congregacional. Recém conversos seriam deixados a esmo, sem assistência e sem crescimento pós-batismal.
Por isso as duas precisam coexistir e se apoiar mutuamente, para que ambas unidas possam realizar o mandado de Jesus: indo, ensinando, batizando, fazei discípulos! Mt. 28:18-20.
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Dr. Berndt Wolter
[1] Allison, Lon & Anderson, Mark. Going Public with the Gospel. Downers Growe, IL: IVP Books, 2003, p. 318.
[2] Arn, Win. The Church Growth Ratio Book. Monrovia, CA: Church Growth Inc., 1990, p. 14.
[3] Ibid, 12.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pelo celular, Gabriel encontrou a Esperança

Gabriel Feles dos Santos é um adolescente que ajuda os pais na lavoura e no cuidado com os animais. Em meio a essa rotina pacata do interior, ele descobriu, no celular, a rádio Novo Tempo. Dias depois, sintonizou o canal da esperança na televisão, e convidou os pais a assistirem. Logo, a família inteira estava completando o estudo bíblico. ”O dia em que eu conheci a Novo Tempo mudou minha vida e da minha família. E agora, cada dia busco ter uma comunhão mais íntima com Deus, sempre fazendo o que aprendi na Bíblia”, testemunha o jovem.

Este conhecimento vindo de Deus iluminou a vida da mãe de Gabriel. A transformação do próprio filho foi como o toque do Criador para resgatar Alda da depressão. “Eu me sentia sem significado, não tinha vontade de comer, nem ânimo para nada. Comecei a reagir assistindo a Novo Tempo e me ergui de novo. Agora, estou cada vez melhor”, vibra.
Nas terras vizinhas há outra família também tocada por esta mesma esperança. Lucia Andrade Quoos, que tem o privilégio de trabalhar colhendo flores, contou como a vida deles tem sido melhor desde que conheceram verdadeiramente a Deus.: “A Rádio Novo Tempo é sensacional! Porque você progride e aprende a ser melhor do que é. A gente procura passar para os outros o que escuta na Novo Tempo. É uma bênção!”, sorri.
Não há limites para o alcance da Palavra de Deus. Com a ajuda de muitas pessoas, estamos avançando cada vez mais para abreviar a volta de Jesus. E como a fragrância que perfuma o ar e alegra o ambiente, a palavra de Deus ecoa felicidade através da Rádio, TV e Internet, levando esperança e conforto a um mundo que precisa, com urgência, conhecer a mensagem de salvação.
- Acompanhe esta história, em breve, no programa Anjos da Esperança. E participe deste ministério ajudando a levar esta mensagem ainda mais longe! Curta a página do ministério Anjos da Esperança no Facebook e saiba como contribuir para que mais histórias como essas se tornem realidade!

Testemunhos


A nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Cumpre-nos reconhecer Sua graça segundo foi dada a conhecer por intermédio dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelarmos em nós mesmos a operação de um poder divino. Cada indivíduo tem uma vida diversa da de todos os outros, e uma experiência que difere muito da deles. Deus deseja que nosso louvor ascenda a Ele, levando o cunho de nossa própria personalidade. Esses preciosos reconhecimentos para louvor da glória de Sua graça, quando fortalecidos por uma vida semelhante à de Cristo, possuem irresistível poder, o qual opera para salvação de almas.
É benefício para nós o conservarmos viva na memória cada dádiva de Deus. Por esse meio a fé é fortalecida para invocar e receber mais e mais. Há maior ânimo na mínima bênção que nós mesmos recebemos de Deus do que em todas as narrações que possamos ler da fé e experiência de outros. A alma que corresponde à graça de Deus será como um jardim regado. Sua saúde apressadamente brotará; sua luz brilhará nas trevas, e sobre ela se verá a glória do Senhor. (A Ciência do Bom Viver – Ellen G. White)
“Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” Mateus 24:13-13

terça-feira, 2 de abril de 2013

Criando Raízes

“Nossa força vem de nossas fraquezas.” (Ralph Waldo Emerson)
 
Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse conhecido. Todas as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu – velho, amarrotado e bastante gasto.
Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam.
Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.
 
O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do "sem sofrimento não há crescimento". Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional.
 
Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início.
 
Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas.
Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou!
Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore.
O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Saí de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.
 
Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. São “árvores maricas”.
Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranquilidade nunca conseguiriam.
Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles.
 
Frequentemente oro por eles. Oro principalmente para que tenham vidas fáceis. "Senhor, poupe-os do sofrimento." Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração.
Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que os meu filhos encontrarão dificuldades e, portanto, minha oração para que isto não aconteça é ingénua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.
Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou orar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno.
Muitas vezes oramos por tranquilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar.
O que precisamos fazer é orar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.
 
(Philip Gulley)