domingo, 27 de janeiro de 2013

Movimento Leigo – Motivação Genuína

Motivação é o ímpeto que leva o ser humano ao movimento.[i] É aquela força interna que o faz fazer o que ele faz.[ii] É uma mescla entre razão e emoção que se concentram para alcançar algo.

Quem conhece os motivos do coração humano? Parece que numa quantidade considerável das vezes, nem nós mesmos sabemos o que nos move. (cf. Jr. 17:9)
As nossas escolhas são fortemente influenciadas pelo nosso sistema de valores e maneira como vemos o mundo – a nossa mundivisão.[iii] Aquilo que vamos elegendo como sendo mais importante, é o que mais vai nos motivar. Exemplo:se um jovem finalmente conseguiu comprar aquele carro dos sonhos, aquele que ele sempre quis, é bem provável que polir o carro, repará-lo, instalar os acessórios desejados, colocá-lo na conformação sonhada será a sua maior motivação. Essa é paixão do seu coração, e é ali que ele vai colocar todo o empenho, finanças e tempo – naquilo que em seu sistema de valores (emocional ou racional) ele elegeu como sendo mais importante. Se no momento em que ele estiver cuidando do seu carro alguém o convidar para ir à igreja, ele provavelmente vai preferir ficar cuidando do carro.
Sistema de valores baseado nas emoções X sistema de valores baseado em escolhas racionais
A maior parte da população faz escolhas construídas nos seus gostos pessoais ou nas emoções do momento.[iv] As consequências geralmente são catastróficas. No calor da paixão, no impulso movido pelos gostos pessoais, não se faz boas decisões – a motivação não foi checada pela razão. Não houve tempo de se avaliar as consequências e o efeito que esta escolha terá sobre quem a faz ou sobre pessoas que serão afetadas por essa escolha.
Os valores construídos sobre emoções, são valores mais vacilantes e menos duradouros.[v]
Por outro lado, os valores construídos sobre convicções racionais que surgiram do estudo da Bíblia, fortalecidos pela oração e consolidados pelo estudo do Espírito de Profecia, são robustos e movimentam a vida fundamentados em princípios inspirados.[vi] Esse sistema de valores procedente da Palavra, fornece uma motivação individual consistente, duradoura.
Quando a pessoa está diante da escolha de se deixar motivar por apelos superficiais emocionais, ou ser fiel à uma convicção adquirida na Palavra ela já não titubeia mais. Ela sabe onde está a verdadeira motivação, a motivação mais consistente e que trará resultados mais equilibrados e duradouros.
Liberdade e motivação

O ambiente necessário para a motivação é a liberdade completa de escolha. As pessoas são diferentes e cada uma se motiva com aquilo que assentou em seu coração.
Impor motivos, manipular a mente ou a emoção de uma pessoa faz com que ela desconfie da genuinidade de sua motivação. Ela percebe que a motivação não nasceu naquele local sagrado dentro coração que ninguém tem o direito de tocar ou manipular.
Se eu forçar uma pessoa a fazer algo, apenas pelo fato de eu querer que essa pessoa faça o que eu quero, ela não o fará genuinamente. Não estará presente aquela alegria interior, aquela força motivadora emocional e/ou racional.
Líderes que entendem a natureza humana e precisam de cooperação de um grupo, gastam tempo preparando aquele grupo, explicando o que deve ser feito, por que deve ser feito e qual a parte que cada um deve exercer para alcançar o todo. O líder verdadeiro pede licença para abordar aquele território sagrado dentro do coração humano, onde cada um tem o direito de exercer o livre-arbítrio. Ele apela para a inteligência, para o bom senso das pessoas e para o sistema de valores compartilhado por aquele grupo.
Antes de agir, o grupo liderado precisa ter uma percepção de mundo comum compreendido e aceito por todos. Quando não existe um sistema de valores comuns e nem uma percepção de mundo semelhante, não vai haver motivação do grupo. A comunicação fica prejudicada por que os códigos utilizados não foram “ensaiados” na “iniciação” e consequentemente são comuns a todos – a linguagem não confere.
Quando esses elementos estão acertados, uma compreensão mais ampla da natureza humana surge dos estudos apresentados por Edward Deci, em seu livro “Por que Fazemos o que Fazemos”. Ele apresenta duas maneiras pelas quais o ser humano pode ser motivado: “de fora para dentro” ou “de dentro para fora”.
Motivação extrínseca[vii] (de fora para dentro)
É quando o elemento motivador está fora da atividade. O líder usa aditivos motivadores que não fazem parte diretamente daquilo que se quer fazer.
Aqui está se falando principalmente de elementos apresentados antes da atividade, do projeto em si começar.
Existem os estímulos externos positivos: as recompensas e os estímulos externos negativos: as ameaças. Promessas de recompensas ou ameaças são feitas que não têm nada a ver com o empreendimento em si.
Exemplo 1: um prêmio é oferecido – uma bicicleta – para quem ler a Bíblia toda até o final do ano. O que será que uma bicicleta tem a ver com o fato da pessoa ler a Bíblia?
Exemplo 2: se você não ler a Bíblia você será colocado de castigo por uma semana. Será que essa ameaça vai fazer com que a pessoa leia a Bíblia?
É compreensão dos especialista que as pessoas são motivadas por recompensas ou ameaças. Como é o caminho mais curto, muitos líderes fazem uso desse expediente. Esses “motivadores extrínsecos” apelam geralmente para emoções superficiais ou para valores menos nobres e consequentemente têm duração limitada.
Experiências científicas mostram que no momento em que o estímulo externo é retirado – quer seja a recompensa ou a ameaça – a pessoa cessa a atividade.
A utilização excessiva desse tipo de motivação avilta o empenho e interesseiros surgem – pessoas que não estãointeressados na atividade em si, mas na recompensa que terão ao fazê-la.
Quando se trabalha com voluntários, essa é a pior maneira de envolver as pessoas em uma atividade, projeto ou ministério. As pessoas ficam confusas e os motivosincertos. Há desconfiança dos motivos de quem solicita a participação e inevitavelmente, mesmo que subliminarmente, surge uma confusão nos motivos de quem deve participar.
Há estímulos externos à atividade, no entanto, que são genuínos:
- pequenos presentes de reconhecimento não anunciados previamente
- palavras de reconhecimento pela atividade já realizada
Esses estímulos, quando intencionados para serem genuínos, não podem ser anunciados, são expontâneos, não subornantes, ocorrem mediante a tarefa já realizada, e demonstram reconhecimento e apreciação pela dedicação à tarefa em si.
Motivação intrínseca[viii] (de dentro para fora)
É quando o elemento motivador está na própria atividade. O líder prepara e organiza a atividade de tal maneira que a atividade, projeto ou ministério seja interessante. Há diferentes grupos de pessoas e cada grupo de pessoas é motivado por razões diferentes.
Exemplo 1: Um grupo de pais quer fazer um parque de brinquedos para os filhos dentro do condomínio onde moram. O líder inteligente sabe que existem pais que participarão para a) terminar logo e ter o parque, outros para b) terem o prazer de fazer algo em grupo – apreciam o senso de comunidade, outros ainda participarão c) com uma parte do processo – não querem se envolver no projeto todo, mas em tarefas específicas e outros d) gostam de participar no planejamento, muito mais do que na execução. Muitas vezes não importa a atividade ou projeto, as pessoas querem se envolver da maneira como apreciam mais fazê-lo.
Exemplo 2: Se pessoas não estão mais lendo a Bíblia, e todos os estímulos extrínsecos não funcionam, pode ser que haja necessidade do grupo entender por que fazer aquilo, e envolvê-los em dinâmicas que fazem sentido para as diferentes pessoas. Há pessoas que querem ler a Bíblia, mas gostariam de fazê-lo em grupo para discutir – o senso de comunidade é o estímulo. Outras gostariam de fazê-lo se entendessem uma maneira de fazê-lo em tempo “X” – fator de estímulo é o tempo limitado para conseguir cumprir com a tarefa. Outras ainda prefeririam estudar a Bíblia com a finalidade de aprofundar-se, de esgotar o sentido mais profunda das Escrituras – motivação: qualidade e profundidade.
Como conseguir a motivação intrínseca?
Há três elementos que compõe a motivação intrínseca, quer dizer para fazer a atividade pela própria atividade. Os estudiosos descobriram quando pessoas tem um senso de respeito por sua autonomia, por sua criatividadeindividual e são levados a prestar contas[ix] dentro de um espírito de comunidade não de cobrança, as pessoas não apenas irão fazer aquilo que um líder determinar, mas terão a capacidade e a vontade de tomar iniciativas por si e achar soluções para problemas e situações que de outra maneira não surgiriam.
Organizar atividades que tenham a motivação embutida na própria atividade são a sabedoria da motivação.[x]Exemplo: Um grupo de pessoas que se relacionam bem, descobrem seus dons, estudam como podem utilizá-los de uma maneira que um complemente o outro, toma a iniciativa de servir a comunidade ao redor da igreja. Enquanto eles puderem desfrutar de sua autonomia de o que fazer (direito de fazer sem interferências externas), puderem usar a sua criatividade de como fazer e forem envolvidos no companheirismo da igreja prestando contas de suas atividades para a coletividade de crentes, eles irão estar motivados com a própria atividade.
Se ainda por cima, obtiverem reconhecimento equilibrado (reconhecimento que não roube da atividade o elemento motivador) e apoio da coletividade de crentes, o ministério, projeto ou atividade funcionará com crescente alegria e satisfação.
Elementos que geram confusão
Competição:
Competição não é motivadora, pois compara uma pessoa com a outra e transporta para fora da pessoa o elemento motivador. Não é mais a atividade que estimula, mas o fato de querer ser melhor que outra pessoa.
Quando vamos fazer algum tipo de comparação, devemos fazê-lo internamente, isto é, a pessoa consigo mesma.Exemplo: hoje você fez melhor do que ontem. Vamos melhorar ainda mais para amanhã?
Motivação e relacionamento:
Creio pessoalmente que estamos tentando, desesperadamente nos despedir de uma compreensão mecânica, uniformista do ser humano. Na no ser humano é uniforme, nada que o envolve é uniforme. Não existe nada igual! Não funcionamos como máquinas! Compreendendo que somos seres relacionais, cada um com a sua maneira de ser, cada um com a sua história, suas feridas e alegrias na vida, uma abordagem mais sábia será dada ao assunto motivação.
O maior estímulo interno pelo qual as pessoas fazem o que fazem, é o amor. Não fazemos as coisas tanto pelas próprias coisas, fazemos o que fazemos por alguém. Entender o aspecto relacional como elemento motivador é sabedoria a ser adquirida.
Esse alguém precisa conquistar o respeito, o amor daqueles que quer motivar e eles o farão por amor ao líder. Talvez seja esse o mais genuíno motivo de se fazer algo. O livre arbítrio e o exercício do amor são os dois maiores elementos de motivação.
Função ou Dom?
Para o trabalho assalariado uma função pode estimular a iniciativa e trazer motivação. No entanto é um estímulo externo à atividade e por conseguinte não trará motivação duradoura, pelo contrário, depois de conseguir aquela função, a pessoa vai galgar outros cargos. Especialistas descobriram que mesmo pessoas que recebem salário, são mais motivadas quando elas são colocadas em funções mais adequadas à sua vocação e quando é dado espaço para aautonomia, a criatividade pessoal e a prestação de contas em espírito comunitário (espírito de equipe).
Voluntários principalmente são estimulados ao comprometimento com projetos, atividades e/ou ministérios quando existe estímulos intrínsecos, como descrito acima.
Conclusão
Como líderes somos chamados a suplicar a Deus a capacidade de estudar a natureza humana a ponto de que saibamos o que de fato motiva, as atividades que trarão a motivação intrínseca, dando plena liberdade para que cada um faça aquilo que ela se sentir chamado e isso com ordem e decência.
Como fazer com que as atividades da igreja, contemplem a coletividade? Como levar uma coletividade a fazer uma tarefa, sendo que cada um tem um desejo diferente do outro? Que tipo de atividades desenvolver para que uma coletividade se sinta livremente envolvida e estimulada a fazer o que precisa ser feito?
Líderes são chamados a achar soluções para que a coletividade de uma igreja seja estimulada a levar a causa de Deus avante. Aqui algumas dicas que poderão contribuir na prática de descobrir dons e talentos nas pessoas, envolvê-las em ministérios, projetos e atividades, desenvolver comprometimento com o todo e trazer vigor e crescimento para a igreja.
- O diálogo construtivo é um elemento fundamental nesse assunto. Me preocupo quando uma igreja é absorvida com preconceitos, tradicionalismos vazios e formas fixas. Me preocupo com uma igreja que não conversa mais sobre os assuntos que a apertam. Me preocupo com uma igreja que por medo de ver o que não gostaria, evita tematizar aquilo que aflige a todos.
- Ministérios organizados conforme os dons dos membros[xi] é outra ferramenta poderosa para despertar motivação na igreja local. Quando cada discípulo de Cristo entende como Deus quer utilizar a sua vida, qual é o plano de Deus em sua vida, e pode – tem o direito – de usar a sua vida sob a direção do Espírito de Deus, uma alegria renovada surge.
- Uma visão clara para a igreja local une os membros, dá foco para os ministérios e atividades. Os ministérios segundo dons tendem a ser dispersos em suas atividades, isto é, cada um puxa numa direção e cuida de seu ministério. Uma visão clara, construída por meio do diálogo construtivo dentro da igreja, e um planejamento que auxilie a igreja a dar, passo a passo, cumprimento à visão, leva cada ministério a contribuir para um todo combinado (cf. Mt. 18:19).
- Quando existe um sistema de apoio, assalariados e voluntários são muito mais estimulados ao comprometimento com o todo, muito mais do que quando deixados a trabalhar de maneira solitária.

[i] Rudolph, Udo. Motivatiospsychologie. Weinheim: Belz, 2003.
[ii] Deci, Edward. Por que Fazemos o que Fazemos. São Paulo: SP, 2002.
[iii] Bauer, Bruce. Spirituality. Anotações de Aula, UAP, 2011.
[iv] Reeve, J. Marshall. Motivação e Emoção. Rio de janeiro: RJ, 2006.
[v] Ibid.
[vi] Ver http://discipulado.numci.org e http://espiritualidade.numci.org.
[vii] Deci, Ibid.
[viii] Ibid.
[ix] Ibid.
[x] Heckhausen, Jutta & Heins. Motivation and Action. Cambridge University Press, 2008.
[xi] Ver http://discipulado.numci.org.br.

180º Tesmunho - Bianca Marques



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Justificação Pela

Jesus foi semelhante a Adão antes da queda por ter uma natureza sem pecado – Ele não nasceu separado de Deus. Jesus foi semelhante a Adão após a queda em força física, poder mental, e valor moral.

S. Luc. 1:35; Heb. 2:17 e 18
As pessoas às vezes perguntam se Jesus foi semelhante a Adão antes da queda ou depois da queda. A resposta é antes!
A fim de compreender esta resposta, temos que entender de que aspectos da vida de Jesus estamos falando. Poderíamos dividir Sua personalidade como ser humano em quatro aspectos: natureza espiritual, força física, poder mental, e valor moral.
Jesus foi semelhante a Adão antes da queda em Sua natureza espiritual.
“Cristo é chamado o segundo Adão. Em pureza e santidade, ligado com Deus e amado por Deus, Ele começou onde o primeiro Adão começou. Voluntariamente Ele passou pelo terreno onde Adão caíra, e redimiu as falhas de Adão.” SDA Bible Commentary, vol. 7A, pág. 650.
Cristo era completamente humano, mas completamente isento de pecado – o único ser humano desde Adão a ser capaz de apresentar tal alegação. Ele pôde dizer, sem contestação, ao fim de Seu ministério: “Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em Mim.” S. João 14:30.
Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 256, declara: ”Não devemos ter dúvidas acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo.”
E nos Comentários de Ellen G. White do SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 912, lemos: ”Ele devia tomar Sua posição à cabeça da humanidade por tomar a natureza, mas não a pecaminosidade do homem.”
À primeira vista, você pode ver uma contradição aqui, pois há um sentido em que Cristo tomou sobre Si nossa culpa, nosso pecado, e mesmo a nossa natureza pecaminosa. Conquanto Ele haja tomado a nossa culpa, Ele não Se tornou culpado; caso contrário, também teria necessitado de um Salvador. Quando Ele tomou nossa natureza pecaminosa, isso não tornou Sua natureza pecaminosa. Ele assumiu nossa culpa e pecado como nosso Substituto.
Quando o anjo veio visitar Maria com as notícias do Messias que breve nasceria, ele disse: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus.” S. Lucas 1:35. Jesus nasceu de modo diferente daquele pelo qual nascemos. Nenhum de nós poderia jamais ser chamado “ente santo”.
Tal como Adão antes da queda, Jesus tinha a natureza humana do homem, com a possibilidade de cair em tentação. Mas uma vez que Ele nunca cedeu ao pecado, permaneceu sem pecado. Ver O Desejado de Todas as Nações, pág. 117. Assim Ele Se tornou o segundo Adão e nos redimiu da falha do primeiro Adão. Ver I Coríntios 15:21 e 22.
Mas Jesus também nasceu de modo diferente de Adão. Em primeiro lugar, Ele nasceu! Adão, não; foi criado! Mas Jesus não começou com as vantagens de que Adão dispunha.
“Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação.” – O Desejado de T. as Nações, pág. 117.
Assim, Cristo recebeu menos força física do que Adão tinha possuído. Ele não era tão alto quanto Adão, pois a raça havia diminuído em estatura desde o tempo da Criação. Não era tão forte quanto Adão. Cansava-Se, e precisava descansar, quando Adão provavelmente não teria o mesmo problema – como naquela noite junto ao lago, e ao lado do poço em Samaria, ocasiões em que mesmo Seus discípulos foram capazes de continuar em atividade.
O Cristo humano não era tão inteligente quanto Adão! A sabedoria vista em Seu ministério derivava de acima d’Ele, não de dentro d’Ele. Ele não empregava o seu “QI” divino. Dependia de Seu Pai para sabedoria e mesmo para Seus planos de cada dia.
Nem teve Cristo a medida de valor moral que Adão teve. Quanto vale a moral? Ellen White, que empregou o termo, não define. Mas valor moral tem que ver com quanta fibra moral uma pessoa conta, quanto controle exerce sobre o seu comportamento. Se Cristo tivesse menos fibra moral do que Adão, então Ele teria sido mais fraco que Adão, menos capaz de resistir a tentação em sua natureza humana à parte do poder do alto.
Que declaração do amor de Deus a de que Ele estava disposto a permitir que Seu Filho viesse e tomasse tal risco em nosso benefício!
O Desejado de Todas as Nações nos diz que o Pai permitiu que Cristo “enfrentasse os perigos da vida em comum com toda a alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna.” Nós ansiamos em escudar nossos entes queridos do poder de Satanás. Mas “Deus deu Seu Filho unigênito, para que a vereda da vida fosse assegurada aos nossos pequeninos. “Nisto está o amor.” Maravilhai- vos, ó céus! e assombrai-vos, ó Terra!” – Pág. 49.
Fonte: 95 Teses sobre a Justificação pela Fé de, Morris L. Venden – Pág. 214

sábado, 5 de janeiro de 2013

GRUPOS FAMILIARES DE ESTUDO DA BÍBLIA


ESTUDO DA BÍBLA

FAMILIA E AMIGOS

PRIMEIRA REUNIÃO: Escolha o nome para estas reuniões, por exemplo: Grupo Maranata; Famílias Cristãs, etc.

Já tem o espaço para estudo. Família, amigos e alguns crentes. Estabeleça os Procedimentos do Grupo: Determine quem conduzirá as reuniões, o horário, os lugares e as datas para as sessões.

Louvor e adoração: Cante alguns hinos.

Oração: Convida a presença do Espírito Santo.

Apresentação: Cada membro do grupo se apresenta.

Situação: dois ou mais membros do grupo partilha a razão de estar no grupo.

Oração: Pede ajuda divina para algum problema em concreto que foi apresentado.

Distribua o Estudo Bíblico que via ser analisado nessa Reunião. Pode usar 50 Estudos.


Seja Sincero: Seja amável e escute com atenção quando os participantes conta sua experiência, faça uma ou mais perguntas (mostre interesse).


A SEGUNDA E DEMAIS REUNIÕES:


Abrindo: Ore. Tenha um tempo de adoração e louvor. Pergunte aos presentes se sentiram algum milagre nas suas vidas nas últimas horas.

Revisão: Apresente um breve resumo do que você ensinou na última reunião.


Lição: Peça aos estudantes que façam perguntas ou comentários sobre o que eles têm estudado. Aplique a lição às vidas e ministérios de seus estudantes.

Teste: Reveja com os estudantes o teste que eles completaram. (Nota: Se você não quer que os estudantes tenham acesso às respostas, você pode tirar as páginas com as respostas que se encontram no final de cada manual).


Para Estudo Adicional: Você pode fazer estes projetos numa base individual ou em grupo.


            MATERIAL ADICIONAL NECESSÁRIO

1.      Bíblias.

2.      Hinários ou projeção de hinos.

3.      Folha com estudo.

Conselho: Não demore depois da despedida. Não partilhe refeição. Indique o local do WC.

            Você necessitará apenas de um exemplar da Bíblia, preferencialmente a Edição Revista e Atualizada, mas outras versões também poderão ser usadas, embora isto talvez represente alguma pequena dificuldade para o aluno acompanhar os textos bíblicos deste curso.

 O ideal mesmo, seria todos terem a mesma versão da Bíblia para ver o número da página. Ter adventistas presentes tem duas vantagens; 1) Eles convidam seus amigos e familiares; 2) ajudam os amigos a encontrar os versos da Bíblia. No entanto, encontrado o professor, devem intervir o menos possível.


"ENQUANTO VOCÊ VAI, LIBERTE"



OBJETIVOS:

Ao concluir este capítulo você será capaz de:

n Escrever o Versículo-chave de memória.
n Identificar os três tipos principais de demônios que atacam o corpo, alma, e espírito de homem.
n Explicar o valor do dom de discernir espíritos ao tratar com os poderes demoníacos.
n Explicar o que significa ter obsessão demoníaca.
n Identificar as características de uma pessoa obcecada por demônios.
n Explicar o que significa ser oprimido por demônios.
n Identificar as características de uma pessoa oprimida por demônios.
n Explicar o que significa ser possuído por demônios.
n Identificar as características de uma pessoa possuída por demônios.
n Resumir o ministério de Jesus com respeito aos poderes demoníacos.
n Usar as diretrizes bíblicas para vencer os poderes demoníacos.

VERSÍCULO CHAVE:

“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele” (Atos 10:38).



INTRODUÇÃO

Por muito tempo a obra dos demônios tem sido descartada por muitos como apenas uma prática curiosa nas culturas pagãs. Não tem sido considerado um problema que invade vidas, casas, igrejas, e nações. Mas há pessoas por todas as partes que estão atormentadas, com problemas, e inclusive possuídas pelos poderes da escuridão conhecidos como os demônios. Jesus ministrou a aqueles afetados pelos poderes demoníacos (Atos 10:38) e Ele comissionou a Sus seguidores para fazer igualmente enquanto eles estendem o Evangelho do Reino (Mateus 10:1).

Este capítulo apresenta as diretrizes para ministrar a aqueles afetados pelos poderes demoníacos. Para receber o Evangelho estes cativos deve primeiro ser libertos da escravidão. (O Instituto Internacional Tempo de Colheita oferece um curso intitulado “Estratégias Espirituais: Um Manual De Guerra Espiritual” que detalha as atividades de Satanás e de suas forças demoníacas. Se você não está familiarizado com a guerra espiritual, você deve obter este curso antes de começar o ministério de libertação).


JESUS E OS DEMÔNIOS

A ensinamento e o ministério de Jesus demonstraram que os espíritos demoníacos são uma força real do mal. O que Jesus ensinou sobre os demônios e como Ele tratou com eles rende uma valiosa informação sobre as estratégias de Satanás.

Jesus aceitou o fato que Satanás é o governante de uma hoste de demônios. Ele ensinou a realidade e o poder de demônios. Ele disse que expulsar os demônios foi um dos sinais que o Reino de Deus havia vindo. (Lea Mateus 12:22-30, Marcos 3:22-27, e Lucas 11:14-23 para um resumo do que Jesus ensinou acerca dos demônios).

Uma porção grande do ministério de Jesus envolveu o trato com os demônios. É o exemplo de Jesus e a autoridade de Seu nome que provê a base bíblica para tratar com os poderes demoníacos. Jesus ministrou a todos que vieram com problemas demoníacos:

“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele” (Atos 10:38).

Na secção “Para Estudo Adicional” desta lição você pode estudar mais sobre casos específicos registrados na Bíblia onde Jesus tratou com os poderes demoníacos.

COMO OS DEMÔNIOS OPERAM

Os demônios são usados por Satanás para opor-se a Deus, Seu plano e propósitos, e a Seu povo. Eles também guerreiam contra os incrédulos para mantê-os afastados da verdade do Evangelho. Os demônios controlam territórios específicos (os principados) como o príncipe de Pérsia mencionado em Daniel 10:12-13. Os demônios também trabalham através das personalidades, através dos homens e mulheres, para realizar os objetivos Satânicos no mundo. A oposição à vontade de Deus é o objetivo principal de Satanás. A palavra “Satanás” significa “adversário”. Satanás é principalmente o adversário de Deus (Jó 1:6; Mateus 13:39). Ele é secundariamente o adversário do homem (Zacarias 3:1; 1 Pedro 5:8).

Os demônios têm naturezas diferentes. Um demônio se identificou em 1 Reis 22:23 como um espírito mentiroso. Um espírito surdo e mudo se menciona em Marcos 9:25. Os demônios de varias naturezas operam como os espíritos de enfermidade, espíritos sedutores e espíritos imundos. Satanás os usa para guerrear contra o homem no corpo, alma, e espírito.

ESPÍRITOS DE ENFERMIDADE:

Estes são espíritos que podem afligir os corpos dos crentes assim como os incrédulos. Leia Lucas 13:10-17. Esta mulher era afligida com um espírito de enfermidade. Ela estava presente nos serviços Sabáticos e Jesus a chamou de “uma filha de Abraham”. Os dois fatos indicam que ela provavelmente era uma seguidora de Deus, ainda Satanás afligiu seu corpo durante dezoito anos. (Para outros exemplos de poderes demoníacos que afligem o corpo veja Mateus 12:22; 17:15-18; Atos 10:38; 2 Coríntios 12:7.)


ESPÍRITOS SEDUTORES:

Estes espíritos afligem o espírito do homem, seduzindo a crer nas mentiras doutrinais e condenar-se ao castigo eterno. Eles são espíritos de doutrina falsa, cultos, falsos cristos, e maestros falsos:

“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios” (1 Timóteo 4:1).

Estes espíritos sedutores são enganosos. Eles obram milagres que levam realmente  alguns a crer que eles são de Deus:

“São espíritos de demônios que realizam sinais miraculosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-os para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso” (Apocalipse 16:14).

“A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar” (2 Tessalonicenses 2:9-10).

Os espíritos sedutores incluem o espírito de adivinhação mencionado em Atos:

“Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações” (Atos 16:16).

Tais espíritos de adivinhação ou “espíritos familiares” operam na adivinhação, bruxas, e leitores da palma da mão, bola de cristal, e folhas de chá. Através dos métodos não bíblicos os espíritos de adivinhação predizem o futuro ou revelam um conhecimento que é naturalmente desconhecido. Advertências são dadas contra os espíritos familiares em Levítico 19:31; 20:6; Deuteronômio 5:9; 18:10; Levítico 20:27; e 1 Samuel 28:3.

Os espíritos sedutores cauterizam a consciência, seduzem, incitam, tentam, seduzem, fascinam, excitam, despertam, escravizam, e enganam. Os espíritos sedutores são ativos em causar o “mal nas regiões celestiais”. Eles estão presentes e operantes em cada culto e onde quer que exista o erro doutrinário. Lembre-se que Satanás pede adoração e ele a tomará de qualquer maneira que ele possa. Os espíritos sedutores incitam aos homens e mulheres para adorar aos ídolos e assim como ao próprio Satanás.

ESPÍRITOS IMUNDOS:

Estes poderes demoníacos afligem a natureza da alma do homem. Eles são responsáveis pelos atos imorais, pensamentos sujos, tentações e outras estratégias de Satanás para atar aos homens e mulheres. Quando Satanás controla os indivíduos com os espíritos imundos, ele também pode operar em casas, igrejas, e nações inteiras, pois estes grupos compostos de indivíduos. É assim que Satanás trabalha nos vários níveis de estrutura na sociedade. Para exemplos de espíritos imundos veja Mateus 10:1; 12:43; e Marcos 1:23-26.

OPRESSÃO, OBSESSÃO, POSSESSÃO

Os espíritos maus podem oprimir as pessoas. Oprimir significa submeter, vir contra, ou atar a partir do exterior. O espírito maligno de várias maneiras realiza esta opressão. Eles causam depressão, criam circunstâncias negativas, e inserem pensamentos maus na mente, como os pensamentos de suicídio, imoralidade, incredulidade, medo, etc. Os demônios criam circunstâncias Satânicas e situações que tentam os homens para pecar:

“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele” (Atos 10:38).

Os demônios também podem possuir os seres humanos. A possessão demoníaca é uma condição na qual os espíritos maus (demônios) habitam o corpo de um ser humano e tomam o controle completo da vontade de sua vítima.

Algumas pessoas preferem usar a palavra “endemoninhado” em lugar de possessão, mas sem levar em conta o termo, a pessoa possuída é habitada por demônios. “Possessão” não significa que uma pessoa não é responsável por seu próprio pecado. Sua responsabilidade descansa nos fatores que a levarão a tal condição.

A possessão pode acontecer por vontade própria. Uma pessoa pode desejar ser tomada pelos poderes dos espíritos, para dirigir sessões espíritas, pronunciar maldições, se tornar uma bruxa, ou obter algum outro poder sobrenatural.

A possessão também pode ocorrer involuntariamente. Um indivíduo não pede para ser possuído, mas através dos pensamentos pecaminosos, ações, ou o contacto com o ocultismo resulta em possessão.

Poderes demoníacos que operam nos pais e os pecados dos pais podem afetar a próxima geração. (Veja Êxodo 20:5; 34:7; e Deuteronômio 5:9.) Isto conta para a possessão demoníaca ou opressão de crianças, como registrado em Marcos 7:24-30 e 9:17-21.

Há também tal coisa como a obsessão demoníaca. Esta é uma condição onde alguém fica obcecado por um interesse ou preocupação com os demônios. É um interesse raro no sobrenatural, em demônios e em Satanás, que controla estes interesses e buscas de uma maneira ditatorial. A obsessão pelos poderes demoníacos pode levar à possessão por eles.

OS DEMÔNIOS PODEM AFETAR AOS CRENTES?

Um verdadeiro crente não pode ser possuído por um demônio porque o Espírito Santo não pode habitar no mesmo templo com um espírito maligno:

“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo" (1 Coríntios 6:19-20).

Quando você pertence a Deus e está cheio com o Espírito Santo, você não pode ao mesmo tempo pertencer a Satanás e estar cheio de seus espíritos. O Espírito Santo não morará no mesmo templo com Satanás.

Mas isto não significa que os crentes não podem ser afetados pelos poderes demoníacos. Nós lutamos contra estes poderes. Satanás usa os poderes demoníacos para atacar aos crentes desde o exterior através da opressão, os sintomas que discutimos previamente. Mas ele não pode possuir o verdadeiro crente. “Possuir” indica uma ocupação interior. “Oprimir” ou atar indica influência exterior. As atividades dos crentes podem ser dirigidas pelo diabo se eles permitem aos poderes demoníacos oprimi-los. Tal opressão ou atadura pelos poderes malignos permite que Satanás use os cristãos para propósitos malignos.

Isto é o que aconteceu quando Pedro, um discípulo de Jesus, foi usado por Satanás para tentar desviar a Jesus de sofrer pelos pecados de toda a humanidade. Quando Jesus descreveu o sofrimento que Ele sofreria, Pedro disse:

“Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá!” (Mateus 16:22).

Jesus disse a Pedro:

“Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens” (Mateus 16:23).

Jesus não quis dizer que Pedro realmente era Satanás. Ele reconheceu que naquele momento Pedro permitiu a Satanás operar através dele. Ele não estava possuído por demônios, mas ele estava permitindo aos espíritos satânicos influenciá-lo. Por suas próprias ações, os crentes “dão lugar” (proporcionam a oportunidade) para Satanás usá-os (Efésios 4:27).

Quando uma pessoa nasce de novo, seu nome é escrito em um livro especial no Céu chamado de o livro da vida. Somente aqueles cujos nomes estão neste livro serão moradores do Céu pela eternidade:

“Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo” (Apocalipse 20:15).

É possível ter seu nome escrito no livro da vida, mas depois apagado se a pessoa voltar a viver em pecado:

“O vencedor será igualmente vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos” (Apocalipse 3:5).

Se um crente continua em pecado conhecido e não confessado, há um ponto em que ele pode deixar de ser um Cristão. O Apóstolo Paulo expressou sua própria preocupação para que ele não fosse desqualificado depois de pregar aos outros:

“Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado” (1 Coríntios 9:27).
Paulo compreendeu que o pecado, especialmente os pecados não confessados e continuados da carne, poderiam produzir a perda de sua própria alma ainda que ele houvesse pregado a outros.

Ao continuar vivendo no pecado você terminará futuramente numa condição desvio. Isto significa que você já não será um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo. Se você continua no pecado conhecido e não confessado ninguém pode dizer qual é o exato ponto no qual você deixa de ser um seguidor de Jesus e de novo torna-se parte do Reino de Satanás. É Deus quem determina esse ponto. Mas quando ocorre, você está abrindo-se a ataques maiores do inimigo, inclusive a possibilidade de possessão demoníaca. Por isto é importante que quando você peca, o pecado seja confessado imediatamente e você se converta da injustiça:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:9-10).

Jesus é chamado de a Palavra de Deus em muitos lugares na Escritura. Se a Palavra de Deus não mora em você, então Jesus não mora em você.

COMO OS DEMÔNIOS OBTÊM O CONTROLE

Os demônios obtêm o controle de varias maneiras:

1. Através das Gerações: Os demônios podem oprimir ou podem possuir uma pessoa devido à possessão anterior ou opressão dos pais. Isto conta para a influência demoníaca sobre os filhos (Êxodo 20:5; 34:7; Deuteronômio 5:9).

2. Através da Mente: A mente é um dos maiores campos de batalha de Satanás. Se Satanás pode controlar seus pensamentos, ele controlará suas ações no futuro. Falta de controle mental eventualmente resulta na perda de poder da vontade que leva a ações pecadoras. Continuar nos pensamentos e ações pecadores podem levar da opressão à possessão e finalmente a uma mente reprovada como se descreve em Romanos 1. Esta é uma mente totalmente controlada pelos pensamentos maus.

Os demônios também ganham o acesso através de drogas psicodélicas que reduzem a habilidade de resistir aos demônios e concedem um acesso crescente. Lavagem cerebral ou o ensinamento sobre controle da mente também proporciona pontos de entrada.

3. Através das Ações Pecadoras: Os pensamentos pecaminosos são rapidamente seguidos pelas ações pecaminosas. Por exemplo, o pensamento de adultério se cumpre no ato real do adultério. O pecado é a rebelião, e os pensamentos e ações rebeldes provêem os pontos de entrada à atividade demoníaca.

Quando um crente continua em pensamentos ou ações pecaminosas eles “dão lugar” ao Diabo (Efésios 4:27). Mais lugar espiritual é dado ao funcionamento do inimigo. Os pecados de envolvimento com o sobrenatural, inclusive os objetos, a literatura, as sessões de espiritismo, etc., são ações que são especialmente perigosas e atraem os poderes demoníacos.

Um incrédulo que vive no pecado não só está aberto à opressão de poderes demoníacos, mas também à possessão. Não há território neutro na guerra espiritual. Você ou está no lado do bem ou do mal. Você ou pertence a Deus ou a Satanás. Se você pertence a Satanás e não tem experimentado o novo nascimento em Jesus Cristo, então você é do diabo para ser usado, oprimido, ou possuído quando quiser.

4. Através do Desejo: Algumas pessoas desejam e pedem para estar sob o controle dos poderes demoníacos. Eles fazem isto com o propósito de ter poder sobrenatural ou realizar atos sobrenaturais.

5. Através de uma Casa Vazia: Os demônios consideram o corpo da pessoa em que eles habitam como sua casa (Mateus 12:44). Quando uma pessoa é libertada dos poderes demoníacos e não preenche sua casa espiritual nascendo de novo e recebendo o Espírito Santo, a reentrada pode ocorrer.

6. Através de Permissão: Às vezes Deus concede a permissão para os poderes demoníacos realizar propósitos especiais. Isto pode permitir-se como uma prova para os crentes como no caso de Jó. Também pode ser o juízo pelo pecado, como no caso do Rei Saul.

QUEM DEVE TRATAR COM OS PODERES DEMONÍACOS?

Tratar com os poderes demoníacos não é algo a ser deixado para o ministro profissional. Jesus disse que todos os crentes teriam a habilidade de vencer os poderes demoníacos:

“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas” (Marcos 16:17).

Jesus lhes deu a habilidade de tratar com os poderes demoníacos aos Seus seguidores. Ele delegou tal poder primeiro aos discípulos:

“Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades” (Mateus 10:1).

“Chamando os Doze para junto de si, enviou-os de dois em dois e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos” (Marcos 6:7).

Ele delegou este mesmo poder a todos os crentes:

“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas” (Marcos 16:17).

“Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça” (Mateus 10:8).

Não há nenhuma base bíblica para crer que Deus pensou em restringir este ministério importante a um grupo particular de pessoas. Um homem comum chamado Felipe foi usado por Deus para expulsar os espíritos malignos em Samaria (Atos 8). Mas isto não significa que os crentes devem apresar-se para encontros com os poderes demoníacos sem a preparação apropriada, como os filhos de Ceva (Atos 19).
Também é importante que os crentes não se tornem demasiadamente conscientes dos demônios. Nós não somos chamados para especializar-nos nos demônios. Não há nenhum dom espiritual de “expulsar os demônios”. Mas você não deve temer os poderes demoníacos. Quando confrontado com aqueles afetados pelos demônios, você tem o poder para trazer a libertação de Deus.

DETECTANDO A PRESENÇA DEMONÍACA

Para vencer os poderes demoníacos é importante poder reconhecer sua presença e tácticas. O Espírito Santo tem provido um dom espiritual especial para este propósito chamado de “discernimento de espíritos” (1 Coríntios 12:10).

Discernir significa, “descobrir, avaliar, e fazer uma distinção entre”. O dom de discernir espíritos permite a um crente que discirna os espíritos que operam em outros. Permite-lhe descobrir, avaliar e identificar os espíritos malignos.

O dom de discernir espíritos é bem importante ao tratar com os poderes demoníacos. Permite-lhe discernir imediatamente se uma pessoa tem ou não um espírito maligno que opera através ou contra ele. Impede ser enganado pelos espíritos mentirosos ou sedutores. Uma pessoa com este dom reconhecerá as tácticas malignas e os motivos dos poderes demoníacos.

Por exemplo, alguma surdez e mudez (segundo o registro bíblico) são causadas por um espírito. Outras poderiam resultar de um acidente ou enfermidade. O dom de discernimento lhe permite determinar a causa por trás da condição que permite o ministério específico.

Nem todos os crentes têm este dom espiritual especial de discernir espíritos. Se um crente não tem este dom há sinais da presença demoníaca que podem ser observados. Quando a mulher Cananéia veio a Jesus com um apelo para que Ele expulsasse um espírito imundo de sua filha, ela disse “Minha filha está endemoninhada e está sofrendo muito” (Mateus 15:22). Como ela sabia disto? Ela sabia pelos sintomas. Detecção é observar o que os espíritos demoníacos fazem a uma pessoa.

Aqui estão alguns sintomas de atividade demoníaca:

Obsessão Demoníaca é reconhecida por uma preocupação ingovernável e rara com os demônios, Satanás, ou o sobrenatural. Tal pessoa pode mergulhar nas práticas sobrenaturais, constantemente dando crédito a Satanás ou aos demônios por tudo, ou se preocupando com o estudo dos demônios e Satanás.

Opressão Demoníaca pode ser reconhecida pelos seguintes sinais:

1.  Uma atadura física: A “filha de Abraão” a quem Jesus relevou um espírito de enfermidade estava fisicamente atada. Veja Lucas 13:10-17. Enfermidade crônica pode ser a opressão demoníaca. Nem toda enfermidade é causada pelos poderes demoníacos. Algumas enfermidades são causadas por uma violação das leis naturais, como não comer adequadamente ou beber água não saudável. Algumas enfermidades também são castigos. Um Rei na Bíblia que não deu gloria a Deus foi ferido com uma doença intestinal e morreu!

2.  Uma opressão mental: Perturbações na mente como o tormento mental, a confusão, a dúvida, a perda de memória, etc. Inquietude, incapacidade para raciocinar ou escutar aos outros, loquacidade anormal ou reserva pode aparecer. Satanás não causa todos os problemas mentais. O desalento, depressão, e desorientação podem ser causados pelas alergias a certas comidas ou um desequilíbrio químico no cérebro. Deus pode curar os problemas mentais, e enfermidades também não causadas pelos poderes demoníacos, assim Ele pode trazer a libertação nos casos em que a causa é demoníaca. Mas é preciso ter cautela para não classificar toda enfermidade ou problemas mentais como sendo causados pelos espíritos demoníacos. Às vezes uma simples mudança na dieta ou no estilo de vida eliminará um problema se ele tem causas físicas.

3.  Problemas Emocionais: Perturbações nas emoções que persistem ou se repetem, inclusive o ressentimento, ódio, ira, medo, rejeição, autopiedade, ciúmes, depressão, preocupação, insegurança, inferioridade, etc.

4.  Problemas Espirituais: Dificuldades extremas em superar o pecado, incluindo hábitos pecaminosos. Rejeição de soluções espirituais aos problemas. Qualquer tipo de erro doutrinário ou engano, inclusive a escravidão aos objetos e literatura dos cultos.

5.  Circunstâncias: Os demônios podem criar circunstâncias difíceis que são opressivas. Tais circunstâncias normalmente envolvem a confusão e podem identificar-se imediatamente como demoníacas porque Deus não é o autor da confusão (1 Coríntios 14:33; Tiago 3:16).

Possessão Demoníaca pode ser reconhecida pelos seguintes sinais:

1.  Habitação de um Espírito Imundo: Isto se demonstra por uma imundícia moral básica e asquerosidade. Poderia incluir o desejo de ficar nu. Para exemplos veja Marcos a 5:2 e Lucas 8:27.

2.  Força Física Excepcional: Uma pessoa mostra força além das capacidades normais. Para exemplos veja Marcos 5:3 e Lucas 8:29.

3.  Ataques de Raiva: Estes ataques podem ser acompanhados de espumar pela boca. Veja Marcos 9:14-29 e Lucas 8:26-39.

4.  Resistência as Coisas Espirituais: Nos registros em Marcos 6:7 e 1:21-28, os demônios reconheceram a Jesus imediatamente e lhe pediram que os deixasse sozinho. O medo do nome de Jesus, da oração, e da Palavra e a blasfêmia do que é espiritual são todos sintomas de possessão demoníaca. A blasfêmia excessiva pode ser notada -se ou contorções físicas e a conduta muda abruptamente quando se mencionam coisas espirituais.

5.  Mudanças na Personalidade e/ou na voz: Uma pessoa que é normalmente tímida pode tornar-se agressiva ou violenta. As ações, assim como a aparência, pode ser afetada. O caráter moral e a inteligência podem mudar. A voz pode ser alterada. Veja Marcos 5:9.

6.  Aflições Físicas Acompanham: Nos casos de possessão demoníaca, estas normalmente parecem mais ser aflições do sistema mental e nervoso. (Veja Mateus 9:33; 12:22; Marcos 5:4-5). Elas também podem incluir uma aflição “geral” ou uma mutilação. (Veja Marcos 9:14-29).

7.  Lesão Física Causada a Si Mesmo: Em Mateus 17:14-21 há a historia de um homem que se lançava no fogo. Em Lucas 8:26-39 este homem possuído por demônios corta-se até mesmo com pedras.

8.  Angústia Terrível: Lucas 8:28 registra que este homem chorava devido aos tormentos internos terríveis causados por sua possessão.

9.  Incapacidade Para Viver Normalmente: Este homem não poderia viver na sociedade, mas poderia viver nas tumbas do cemitério. Veja Lucas 8:27.

10. Através dos Métodos Não-bíblicos, a Habilidade de Predizer o Futuro ou Revelar O Desconhecido: A mulher em Atos 16:16 é mencionada como possuída por um espírito da adivinhação.

O seguinte também pode indicar opressão demoníaca, possessão, ou obsessão:

1.  Imoralidade obsessiva como o envolvimento com a pornografia, adultério, a fornicação, masturbação, homossexualidade, e outros pecados sexuais. As compulsões fortes para comer desordenadamente, suicídio, automutilação, flagelação, e assassinato.

2.  A aflição de drogas ou álcool. 

3.  Arrebatamentos, visões, e a meditação na qual não se enfoca ou vem do verdadeiro Deus.

4.  A escravidão às emoções como medo, ansiedade, depressão, ódio, raiva, ciúmes, murmuração, inveja, orgulho, amargor, negativismo, e crítica.

MINISTRANDO A LIBERTAÇÃO

Aqui estão algumas diretrizes para ministrar a libertação para aqueles afetados pelos poderes demoníacos:

PREPARAÇÃO PRELIMINAR DE SI MESMO:

A fé vem por ouvir a Palavra de Deus, a Palavra de Deus “Rhema”. Comece a edificar a fé em seu próprio coração lendo o Novo Testamento com uma nova atitude:

n Qualquer coisa que Jesus disse a Seus seguidores que fizessem, você começa a fazer.

n Qualquer coisa que Ele disse que Ele faria, espere que Ele o faça.

n Se Ele disse que você pode liberar os afligidos pelo Diabo, então espere vê-los livre.

n Se Ele disse para expulsar os demônios, então o faça em Seu nome e espere que eles obedeçam.

Não dê atenção às instruções dos homens e as experiências pessoais que você já teve. Aceite o que o Novo Testamento diz exatamente como ele o diz. Aceite-o como verdadeiro e aja de acordo com ele. Você é um embaixador para Cristo (2 Coríntios 5:20). Um embaixador nunca duvida que o país que ele representa apoiará a sua Palavra.

Jejue e ore antes de você ministrar. Veja o exemplo de Paulo em Atos 28:8. Desde que o poder e a autoridade para curar vêm de Deus, você deve estar em contato direto com Ele! Alguns demônios só sairão pela oração e jejum. Isaías 58 ensina que Deus honra um jejum que enfoca em ministrar às necessidades dos outros. 

PREPARAÇÃO PRELIMINAR DOS OUTROS:

Sempre que possível, uma equipe de crentes deve ser usada quando atando ou expulsando os demônios. Jesus mandou Seus discípulos em pares para este ministério:

“Chamando os Doze para junto de si, enviou-os de dois em dois e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos” (Marcos 6:7).

Isto não significa você não pode ministrar sozinho a uma pessoa afetada por demônios quando você a encontra, mas há força na unidade de oração com outro crente. Desde que a força vem da unidade, aqueles que estão unidos no ministério de libertação devem preparar-se com oração e jejum.

Nos casos de opressão e obsessão (como a depressão, as enfermidades causadas por demônios, etc.), prepare a pessoa que irá receber o ministério. Ela necessita ter sua fé edificada através da Palavra “Rhema” de Deus sobre a libertação. (Isto pode não ser possível no caso da possessão).

Se você encoraja aos afetados por demônios para receber oração sem a instrução apropriada, é como animar o não-salvo para aceitar a Jesus como Salvador sem saber quem Ele é, reconhecer seu pecado e a necessidade de salvação. Quando compartilhando o Evangelho um sábio ganhador de almas não força uma decisão rápida. Há um ministério preliminar para ser feito. A instrução apropriada deve ser dada.

O mesmo é verdade da libertação. Às vezes, Deus liberta sem tal instrução. Mas ao ministrar a libertação você quer usar cada canal prescrito pela Palavra de Deus para ver a obra feita de maneira adequada. A fé é um canal para o poder curador de Deus e vem por ouvir a Palavra de Deus, por isto a instrução é importante. Jesus combinou a pregação e o ensinamento com cura e libertação e disse a Seus seguidores que o fizessem também.

O LUGAR PARA O MINISTÉRIO:

O ministério de libertação àqueles afetados pelos poderes demoníacos pode ser feito durante uma parte regular do culto da igreja. Tal ministério não necessita ser confinado só às sessões privadas. É um ministério válido da igreja.

Jesus ministrou ao endemoninhado como parte de um culto regular da sinagoga (Marcos 1:21-25). Sem dúvida, não é necessário esperar até que um culto regular aconteça para tratar com os poderes demoníacos. Jesus trouxe a libertação quando e onde quer que eles foram encontrados.
O TEMPO DE MINISTÉRIO:

Quando você está pronto para ministrar a libertação...

1. Comece com adoração e louvor:

Nós entramos em Sua presença (onde há libertação e cura) através da adoração e do louvor. A Libertação pode vir através da adoração e louvor - inclusive sem uma oração de libertação - porque Deus habita nos louvores de Seu povo. Quando nós louvamos, Ele está presente para curar e libertar.

2. Crie um ambiente de fé:

Você já começou a fazer isto quando você ministrou a Palavra sobre a libertação, mas você também pode necessitar dar os passos adicionais para criar um ambiente de fé. A incredulidade impediu o ministério de Jesus inclusive em Nazaré. Às vezes Jesus colocou os incrédulos para fora quando Ele ministrava (Marcos 5:35-40). Outras vezes Ele levou as pessoas para fora de seu povo (um ambiente de incredulidade) para ministrar a elas (Marcos 8:23). Nas ocasiões quando Deus liderar, você pode precisar pedir àqueles lutando com a incredulidade, temor, etc., para sair.

3. Ore Primeiro:

Peça sabedoria e discernimento antes de você começar a ministrar a libertação. Durante a oração, Deus pode revelar a você...

Uma Palavra De Conhecimento: Sobre fatos específicos de uma pessoa ou condição, assim você saberá como orar. Uma “palavra de conhecimento” pode incluir um sentido profundo de conhecimento ou uma impressão em seu espírito, pensamentos, palavras, ou sentimentos. A Palavra de conhecimento pode revelar o que a enfermidade é ou por que a pessoa tem tal condição.

Um Versículo Da Escritura: Deus pode dar-lhe uma Palavra “Rhema” (específica) de Deus para essa situação, enfermidade, pessoa, ou grupo.

Uma Visão: São quadros no olho da mente relativos a quem você está ministrando.

Palavras De Fé: Estas são especificamente palavras especiais de estímulo e fé para o individuo.

Uma Unção Especial: Uma infusão súbita de poder, talvez sentida como um formigamento, calor, ou confiança sobrenatural.

Um Ato Especial De Fé: Às vezes Deus o levará a dizer à pessoa para realizar um ato especial de fé que produzirá a libertação.


4. Dirija Uma Entrevista Breve: