sábado, 8 de setembro de 2012

Agonia no Getsémani - Lucas 22:39-46; Mt 26:36-56

Depois de celebrar a ceia da sua última páscoa, Jesus foi com seus discípulos para o Monte das Oliveiras orar, como tinha o costume de fazer. Quando chegaram a um lugar chamado Getsémani, ele disse aos seus discípulos para assentarem-se, pois ele se afastaria um pouco para falar com o seu Pai. Com a voz mansa e talvez quase a falhar de tristeza, Jesus chamou Pedro, Tiago e João, que eram seus discípulos mais próximos, para velarem com ele aquela que seria a última noite de sua vida. Jesus confessou-lhes que sua alma estava triste até à morte.

Orando no Getsémani, Jesus sofreu antecipadamente toda a tensão de sua morte, que já começara naquela triste noite. Ele acabara de ser traído por um de seus discípulos e, tão logo, seria abandonado por todos outros. Ele já sabia que amanheceria o dia seguinte com o corpo surrado de chicotes, que seria cuspido, humilhado, coroado de espinhos e entregue nas mãos de gente cruel e ingrata. Logo, não haveria como Jesus não se preocupar com dia de amanhã e ter serenidade para dormir nessa forte tempestade que caía sobre a sua vida.

Jesus, ao pensar que no dia seguinte ele estaria sendo pregado com pregos que fariam suas mãos sangrar e sua alma gritar toda a dor possível de se sentir, começou a ter pavor.

Depois de afastar-se dos seus discípulos à distância de cerca de um tiro de pedra, Jesus pôs-se de joelhos e começou a orar ao Pai. Com todo o desespero de sua alma, Jesus, ali sozinho, pediu ao Pai que, se fosse possível, afastasse dele aquele cálice, isto é, a tormenta da cruz no dia seguinte. Mas consciente de que a sua morte seria a salvação da humanidade, Jesus rendeu sua vontade à vontade do Pai.

Naquele instante, apareceu a Jesus um anjo do céu para trazer-lhe o conforto de Deus. Mas, mesmo acompanhado do anjo, já em alta noite, Jesus sentiu toda a intensidade da sua morte. E entrando ele em estado de extrema agonia, começou a orar mais intensamente. O estresse emocional dominou-o até que da sua pele rebentou suor em grandes gotas de sangue que escorriam do seu corpo até o chão.

Tendo passado o estado de agonia, depois de orar, Jesus voltou para os seus discípulos e os encontrou dormindo de tristeza. Disse então Jesus a Pedro: nem uma hora pudeste velar comigo? Da mesma forma, dirigiu-se aos demais discípulos e disse-lhes: vigiai e orai, para que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

Jesus foi mais duas vezes orar ao Pai e, ao voltar para os seus discípulos, achava-os sempre adormecidos.

Depois de orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras, Jesus finalizou suas orações no Getsémani certo de qual era a vontade de seu Pai e disposto a levar até o fim a sua dolorosa missão de morrer na cruz pelos pecados de toda a humanidade. Em seguida, Jesus dirigiu-se aos seus discípulos dizendo-lhes: Já basta! Dormi agora e descansai, pois já é chegada a minha hora. Nessa hora ele seria entregue nas mãos dos pecadores, a começar por aquele que o traiu. Depois disso, Jesus e os discípulos levantaram-se e foram-se. De repente, chegou Judas, o traidor, e saudou Jesus com o beijo que condenou seu mestre à morte. Os demais discípulos fugiram todos, deixando-o morrer sozinho.

Leituras sugeridas

Lc 22:39-46 - Agonia no Getsémani, segundo Lucas.
Mt 26:36-46 - Agonia no Getsémani, segundo Mateus.
Mt 26:46-56 - Jesus é traído, preso e abandonado por seus discípulos
Mc 14:32-42 - Agonia no Getsémani segundo Marcos
Jo 18:11 - Jesus confirma que cumprirá a vontade do Pai
Jo 18:14 - Era necessário que alguém morresse por todo mundo.

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