terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Justificação Pela

Jesus foi semelhante a Adão antes da queda por ter uma natureza sem pecado – Ele não nasceu separado de Deus. Jesus foi semelhante a Adão após a queda em força física, poder mental, e valor moral.

S. Luc. 1:35; Heb. 2:17 e 18
As pessoas às vezes perguntam se Jesus foi semelhante a Adão antes da queda ou depois da queda. A resposta é antes!
A fim de compreender esta resposta, temos que entender de que aspectos da vida de Jesus estamos falando. Poderíamos dividir Sua personalidade como ser humano em quatro aspectos: natureza espiritual, força física, poder mental, e valor moral.
Jesus foi semelhante a Adão antes da queda em Sua natureza espiritual.
“Cristo é chamado o segundo Adão. Em pureza e santidade, ligado com Deus e amado por Deus, Ele começou onde o primeiro Adão começou. Voluntariamente Ele passou pelo terreno onde Adão caíra, e redimiu as falhas de Adão.” SDA Bible Commentary, vol. 7A, pág. 650.
Cristo era completamente humano, mas completamente isento de pecado – o único ser humano desde Adão a ser capaz de apresentar tal alegação. Ele pôde dizer, sem contestação, ao fim de Seu ministério: “Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em Mim.” S. João 14:30.
Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 256, declara: ”Não devemos ter dúvidas acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo.”
E nos Comentários de Ellen G. White do SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 912, lemos: ”Ele devia tomar Sua posição à cabeça da humanidade por tomar a natureza, mas não a pecaminosidade do homem.”
À primeira vista, você pode ver uma contradição aqui, pois há um sentido em que Cristo tomou sobre Si nossa culpa, nosso pecado, e mesmo a nossa natureza pecaminosa. Conquanto Ele haja tomado a nossa culpa, Ele não Se tornou culpado; caso contrário, também teria necessitado de um Salvador. Quando Ele tomou nossa natureza pecaminosa, isso não tornou Sua natureza pecaminosa. Ele assumiu nossa culpa e pecado como nosso Substituto.
Quando o anjo veio visitar Maria com as notícias do Messias que breve nasceria, ele disse: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus.” S. Lucas 1:35. Jesus nasceu de modo diferente daquele pelo qual nascemos. Nenhum de nós poderia jamais ser chamado “ente santo”.
Tal como Adão antes da queda, Jesus tinha a natureza humana do homem, com a possibilidade de cair em tentação. Mas uma vez que Ele nunca cedeu ao pecado, permaneceu sem pecado. Ver O Desejado de Todas as Nações, pág. 117. Assim Ele Se tornou o segundo Adão e nos redimiu da falha do primeiro Adão. Ver I Coríntios 15:21 e 22.
Mas Jesus também nasceu de modo diferente de Adão. Em primeiro lugar, Ele nasceu! Adão, não; foi criado! Mas Jesus não começou com as vantagens de que Adão dispunha.
“Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação.” – O Desejado de T. as Nações, pág. 117.
Assim, Cristo recebeu menos força física do que Adão tinha possuído. Ele não era tão alto quanto Adão, pois a raça havia diminuído em estatura desde o tempo da Criação. Não era tão forte quanto Adão. Cansava-Se, e precisava descansar, quando Adão provavelmente não teria o mesmo problema – como naquela noite junto ao lago, e ao lado do poço em Samaria, ocasiões em que mesmo Seus discípulos foram capazes de continuar em atividade.
O Cristo humano não era tão inteligente quanto Adão! A sabedoria vista em Seu ministério derivava de acima d’Ele, não de dentro d’Ele. Ele não empregava o seu “QI” divino. Dependia de Seu Pai para sabedoria e mesmo para Seus planos de cada dia.
Nem teve Cristo a medida de valor moral que Adão teve. Quanto vale a moral? Ellen White, que empregou o termo, não define. Mas valor moral tem que ver com quanta fibra moral uma pessoa conta, quanto controle exerce sobre o seu comportamento. Se Cristo tivesse menos fibra moral do que Adão, então Ele teria sido mais fraco que Adão, menos capaz de resistir a tentação em sua natureza humana à parte do poder do alto.
Que declaração do amor de Deus a de que Ele estava disposto a permitir que Seu Filho viesse e tomasse tal risco em nosso benefício!
O Desejado de Todas as Nações nos diz que o Pai permitiu que Cristo “enfrentasse os perigos da vida em comum com toda a alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna.” Nós ansiamos em escudar nossos entes queridos do poder de Satanás. Mas “Deus deu Seu Filho unigênito, para que a vereda da vida fosse assegurada aos nossos pequeninos. “Nisto está o amor.” Maravilhai- vos, ó céus! e assombrai-vos, ó Terra!” – Pág. 49.
Fonte: 95 Teses sobre a Justificação pela Fé de, Morris L. Venden – Pág. 214

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