quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Diagnosticar a Saúde da sua Igreja

Você já pensou que a sua igreja pode estar doente? Há uma tendência de as igrejas no Brasil (centro-sul) entrarem em estagnação conforme o artigo http://crescimento.numci.org/trajetoria-quase-inevitavel/. As taxas de crescimento das igrejas locais mostram que precisamos fazer um check up e descobrir o estado de saúde delas (clique AQUI).

Você tem algumas maneiras de avaliar a saúde de sua igreja. A maioria das pessoas insistem, no entanto em fazer uma avaliação intuitiva. Perguntam para uma ou outra pessoa como se sentem na igreja e conseguem com isso aquelas respostas que as pessoas faz tempo queriam dar – geralmente negativas.
Há instrumentos muito apropriados para o diagnóstico eficaz da saúde de uma igreja. Instrumentos com precisão científica que conseguem medir o estado que uma igreja se encontra e podem ver a capacidade que a igreja de crescer saudável.
A pergunta é, pode uma igreja ficar doente (Veja AQUI)? Pessoas não ficam? Famílias não adoecem em suas relações e se tornam disfuncionais? Não acontece com outras organizações, que perdem vigor, declinam e morrem?
A igreja tem uma natureza dupla: Divina e humana – clique AQUI e veja no Nisto Cremos página 189 – A Igreja. Na parte Divina é claro que a igreja não vai enfermar. Deus é perfeito e tudo o que Ele faz é perfeito. Suas incursões e manifestações na vida pessoal dos crentes como na igreja quando ela está reunida, sempre são perfeitas e é por isso que vamos para a igreja. Na parte humana é que a igreja falha. As estruturas de organização e ação, a maneira que fazemos as coisas, os vícios e manias que vamos perpetuando sem questionar… E ali que a igreja torna-se enferma e pára de crescer.
Partimos do pressuposto de que toda igreja saudável irá crescer e dará muito fruto (cf. Jo. 15:5). Se no entanto de um grupo de características básicas alguma estiver mal, o todo da igreja será afetado por aquela deficiência. Exemplo: se uma macieira tiver adubo, solo bom, temperatura adequada e sol, mas não tiver água, ela não dará fruto de maneira saudável.
Como as igrejas ficam doentes? Elas ficam doentes por diversos motivos, mas principalmente quando acham “fórmulas defuncionamento” que no passado deram certo e seus líderes querem perpetuá-las como se fossem sempre dar certo.
Igrejas locais e organizações religiosas estruturam-se e em seus inícios têm coragem de fazer ajustes e mudanças naquilo que percebem que não dá certo. Depois de algum tempo a maneira como se estruturaram vira uma tradição, que nos olhos de seus membros, essas estruturas de funcionamento tornam-se tão sagradas quanto as outras coisas na igreja. “Sempre fizemos assim” dizem. Muitas vezes pode ocorrer que estruturas de poder e interesse são responsáveis por perpetuar a igreja naquele formato. E assim igrejas esquecem que foram chamadas para propagar uma mensagem e que podem se estruturar de diversas maneiras sem serem infiéis à missão e à mensagem a elas confiadas. Stephen Covey ousou fazer a definição de insanidade: “fazer as coisas sempre da mesma maneira e esperar resultados diferentes.”
Aqui não é um fórum para crítica, estamos apenas evidenciando o que pode tornar uma igreja doente. Partimos do pressuposto de que as igrejas precisam ser relevantes internamente na nutrição espiritual dos membros, na condução dos membros para viverem o poder de Deus em sua vida de maneira abundante. Elas devem providenciar os desafios para que cada membro descubra o seu propósito dentro do grande plano de Deus e tenha coragem e capacidade para vivê-lo com toda a eficácia.
Uma igreja saudável também deve ser relevante na sociedade onde está inserida. Deve estar em condições de identificar as necessidades principais da comunidade e servi-la ganhando assim a confiança necessária para pregar o evangelho para os descrentes.
Isso tudo traduz-se em crescimento. Se uma igreja não consegue ser relevante para os seus membros, não consegue servir a comunidade que a rodeia e consequentemente não consegue crescer vigorosamente, essa igreja é considerada doente.
O NUMCI desenvolveu uma ferramenta muito útil para avaliar o estado de saúde de uma igreja. Durante 2,5 anos trabalhamos com teólogos, analistas de sistemas, consultores, e estudantes. Desenvolvemos um instrumento que uma vez aplicado traz resultados cientificamente comprovados. O instrumento foi exaustivamente testado e um programa de computador especialmente desenvolvido para fazer os cálculos e os tratamentos estatísticos necessários, para que a igreja possa ter certeza de 95% do resultado adquirido.
Com os questionários respondidos a igreja manda-os para o endereço indicado e em seguida já mandamos o laudo da igreja. Veja modelo abaixo:
O laudo que acompanha o diagnóstico já dá dicas e orientações básicas sobre o que fazer e em que áreas se deve iniciar o trabalho para recuperar a saúde de sua igreja. Você vê acima, que depois de exaustivos estudos, estabelecemos o nível de 70% como margem mínima de saúde de uma igreja. Você também vê que das características, as que estão acima de 70% são consideradas sadias.
Assim como no exemplo da macieira acima, se apenas uma dessas características estiver baixa, pode ser que a igreja esteja “travada” apenas por causa dela.
Leia o livro de Christian Schwarz “Desenvolvimento Natural de Igreja” para entender melhor os detalhes teóricos.
Se você quiser, enquanto você se organiza para fazer o diagnóstico, observe com a liderança de sua igreja alguns elementos que podem ser determinantes no crescimento de sua igreja ou na sua estagnação.
Avalie sua Igreja em alguns ítens, mesmo que seja subjetivo dê uma nota de zero a 10.
Compreensão dos membros da Missão da igreja como um todo:

Baixa Alta
Compreensão dos membros da vocação da igreja local:

Baixa Alta
Desejo dos membros de crescer espiritualmente e em número de membros de igreja. Desejo de ver a igreja crescendo.

Baixa Alta
Comprometimento dos membros com o evangelismo/crescimento:

Não é prioridade Alta Prioridade
Compreensão dos membros de que a igreja precisa de uma estratégia para crescer:

Ruim Média Ótima
Envolvimento de membros no ministério (% membros com cargo/função):

Menos de 30% Mais de 60%
Efetividade dos PG no ministério da igreja:

Baixa Alta
Papel da Escola Sabatina no crescimento geral da igreja:

Baixo Alto
Nível da experiência na capacidade de amar por membros novos e antigos:

Baixa Alta
Desejo da liderança da igreja para estabelecer uma nova igreja:

Baixa Alta
Publicado por Dr. Berndt Wolter

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