domingo, 18 de março de 2012

JESUS DOS 12 AOS 30 ANOS - TEXTOS E CONSIDERAÇÕES

A narrativa dos evangelhos não relata especificamente o que ocorreu na vida de Jesus dos 12 aos 30 anos de idade, entretanto o que foi escrito acerca da sua vida é suficiente para crermos nele, “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o filho do Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” ( Jo. 20.30,31).
O objetivo dos evangelhos não é elaborar uma biografia exaustiva da vida de Cristo, todavia o seu conteúdo é totalmente voltado para o propósito salvífico, por essa razão as atividades de Cristo durante esse período não foram comentadas por não se tratar de assuntos significativos ao ministério salvífico.
Muitos dos feitos de Jesus não foram relatados e João confirma: “Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez, se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que no mundo inteiro não caberiam os livros que seriam escritos.” ( Jo 21.24,25). Os Evangelistas narram a história como testemunhas oculares dos fatos, ressaltando que são fidedignos que eles viram e ouviram, é o que escreveram com os próprios punhos e testificaram durante as suas vidas e mesmo sendo ameaçados de morte, não se calaram. Sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.

Algumas especulações infundadas:

Infelizmente a ausência dos relatos bíblicos acerca desse período na vida de Cristo tem sido motivo de diversas especulações pervertidas, elaborada por mentes pérfidas que ousam fazer severas afirmações infundadas. A bíblia afirma que tais serão punidos rigorosamente. “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus acrescentará os flagelos escritos neste livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.” (Ap 22.18,19.). As especulações existentes são as seguintes: Jesus após os 12 anos afastou-se da palestina para viver em algum lugar do extremo oriente; Jesus esteve na Índia convivendo com budistas e bramanistas na babilónia aprendendo a arte das magias ocultas, no Egito na biblioteca de Alexandria; na Pérsia (atual Irão), Assíria, Grécia e na Macedónia aprendendo a filosofia, ou mesmo na Judeia entre os Essénios.
Outros propõem que nessa época Ele se tenha ausentado da terra para visitar outros planetas, outros grupos alegam que ele permaneceu na palestina, vivendo uma vida moral relativamente promíscua e depravada, algumas dessas conjecturas se baseiam nos apócrifos, livros reprovados por não cumprir as exigências canónicas. Evidentemente essas teorias não passam de meras especulações humanas, destituídas de base bíblica e de comprovação histórica.

As evidências bíblicas:

A despeito do silêncio bíblico sobre esses 18 anos da vida de Jesus, existem fortes evidências bíblicas de que Ele continuou residindo em Nazaré até o início do Seu ministério público e que era submisso aos seus pais e a Deus, contrapondo todas as especulações existentes. Vejamos:

• Onde Jesus esteve? Somos informados de que, após a Sua visita a Jerusalém, aos 12 anos de idade, Jesus regressou com José e Maria “para Nazaré; e era-lhes submisso” (Lc 2:51); que Ele foi criado naquela mesma cidade (Lc 4:16); que Ele veio “de Nazaré da Galileia” para ser batizado por João Batista no rio Jordão (Mc 1:9); e que, após o aprisionamento deste, Jesus “deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum” (Mt 4:12 e 13). Por haver residido em Nazaré todos esses anos, Jesus era conhecido pelos Seus contemporâneos como “Nazareno” (ver Mt 2:23; 26:71; Mc 1:24; 10:47; 16:6; Lc 4:34; 18:37; 24:19; Jo 1:45; 18:5, 7; 19:19; At 2:22; 3:6; 4:10; 6:14; 22:8; 26:9), e os Seus seguidores, como a “seita dos nazarenos” (At24:5). Próximo ao final do Seu ministério público na Galileia, Jesus retornou a Nazaré, qualificada nos Evangelhos como “a sua terra” (Mt 13:54; Mc 6:1), sendo reconhecido pelos próprios nazarenos como “o carpinteiro” (Mc 6:3) e o “filho do carpinteiro” (Mt 13:55). Eles jamais O teriam reconhecido como tal se Ele não houvesse exercido tal profissão naquela cidade antes do início do Seu ministério público.

• O que fez Jesus? A bíblia afirma categoricamente, para não deixar margens de dúvidas, que Jesus se preparava para exercer seu ministério, era obediente a seus pais e tinha a graça diante de Deus e dos homens, ou seja, Jesus não foi um pervertido mas um exemplo para todos, aprovado por Deus e pelos homens. “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele”. (Lc 2.40) e “e desceu com seus pais para Nazaré e em tudo era – lhes submisso… E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. (Lc 2. 51,52) A bíblia está repleta de passagens que corrobora a natureza santa de Cristo. Vejamos o que foi dito a respeito de sua vida: “Nele não existe pecado” ( IJo 3.5); “Ele não conheceu pecado” (IICo 5.21); “o qual não cometeu pecado”(IPe 2.22); “sem pecado” (Hb 4.15); Ele mesmo testemunhou a Seu respeito “Quem dentre vós me convence de pecado? (Jo 8.26).
“Jesus viveu num lar de camponeses, e desempenhou fiel e alegremente Sua parte em suportar as responsabilidades da vida doméstica. Fora o Comandante do Céu, e anjos se tinham deleitado em Lhe cumprir as ordens; era agora um voluntário Servo, um Filho amorável e obediente. Aprendeu um ofício, e trabalhava com as próprias mãos na oficina de carpintaria de José. Nos simples trajes de operário comum, caminhava pelas ruas da pequenina cidade, indo e voltando em Seu humilde labor. Não empregava o poder divino de que dispunha para aliviar os próprios fardos ou diminuir a própria lida.” Desejado de Todas as Nações, p. 72
Espero por meio deste artigo, esclarecer as dúvidas sinceras de pessoas descentes, que almejam conhecer a verdade, pretendo também proporcionar ao leitor informações fidedignas para respaldar todas divergências existente acerca da Veracidade bíblica e da integridade de Cristo.

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