sexta-feira, 4 de março de 2011

O Cordeiro de Deus no Jordão

Introdução:

Nesta semana especial estamos falando sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e hoje vamos analisar o Cordeiro do Jordão, aquele que foi apresentado por João Batista.
O texto bíblico está em João 1:29-36. (Ler o texto).

Quando os escribas e fariseus quiseram saber a identidade de João Batista, porque pensavam que ele poderia ser o Messias, João logo declarou: eu não sou o Cristo.
Por outro lado, João Batista foi muito feliz ao apresentar Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
João Batista teve o privilégio de ser o primeiro arauto de Jesus. O precursor daquele de quem deram testemunho todos os profetas da antiguidade, como o verdadeiro sacrifício. Não é de estranhar-se que mais tarde Jesus falara de João como o maior profeta que houve em Israel. (Lucas 7: 28).

Na Bíblia Jesus é apresentado e representado de muitas maneiras.
Quando Jesus desceu o Monte das Oliveiras para alcançar Jerusalém, os líderes religiosos saíram-Lhe ao encontro com temor, esperando dispersar a turba, a grande multidão que O acompanhava. Quando o cortejo estava para chegar à cidade, foi interceptado pelos principais.
Eles perguntaram o por que de tanta festa. E ainda indagaram: quem é este?
Os discípulos tomados de inspiração responderam repetindo as profecias a respeito de Cristo dizendo:
Adão vos dirá: É a semente da mulher que há de esmagar a cabeça da serpente. (Gênesis 3:15)
Perguntai a Abraão, ele vos afirmará: É Melquisedeque, Rei de Salém. (Gênesis 14:18), Rei de Paz.
Dir-vos-á Jacó: É Siló, da tribo de Judá.
Isaías vos declarará: Emanuel (Isaías 7:14), Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6.
Jeremias vos há de afirmar: O Renovo de Davi, o Senhor, Justiça Nossa. Jeremias 23:6.
Afirmar-vos-á Daniel: É o Messias.
Oséias vos dirá: É o Senhor, o Deus dos Exércitos; o Senhor é o Seu memorial. Oséias 12:5.
Exclamará João Batista: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
O grande Jeová proclamou de Seu trono: Este é o Meu Filho amado. Mateus 3:17.
Nós, Seus discípulos, declaramos: Este é Jesus, o Messias, o Príncipe da vida, o Redentor do mundo.
E o príncipe das potestades das trevas O reconhece, dizendo: Bem sei quem és o Santo de Deus. Marcos 1:24.
Ao fazer a afirmação de que Jesus é o Cordeiro de Deus, João estava apenas falando de algo que conhecia profundamente.
João Batista era:
a) Profundo conhecedor da Bíblia.
b) Vivia uma vida de profunda devoção.
a) Estava atento aos sinais dos tempos.
b) Cristo era o centro de sua vida e mensagem.
O que significa a frase, Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Para entender o alcance desta afirmação de João batista temos que compreender a mensagem ensinada pela doutrina do santuário.

Jesus é o Cordeiro de Deus.
Embora nosso tempo seja curto, vamos ver rapidamente o que Deus desejava ensinar com o santuário.
Primeiro Deus estabeleceu o tabernáculo no deserto, quando tirou seu povo da escravidão do Egito.
E nos tempos de Davi foram feitos os preparativos e Salomão seu filho edificou o magnífico templo.

Desde os tempos do Jardim do Éden quando Adão e Eva pecaram, Deus ensinou que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados.
Durante séculos e milênios, cordeiros e mais cordeiros foram sacrificados, prefigurando o dia quando Jesus o filho de Deus seria sacrificado, cumprindo assim a profecia de Gênesis 3:15 que afirma que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.
Desde Éden até o calvário foram pelo menos quatro mil anos em que os filhos de Deus viveram sob a opressão do pecado e de Satanás.
Quando chegou o tempo determinado por Deus, Jesus apareceu na história da humanidade como ser humano.

Os fiéis servos de Deus acompanharam com expectação a vinda do Messias.
Há um texto que diz que veio para o que era seu e os seus não o receberam, e é verdade porque a nação judaica o rejeitou.
Porém, há também relatos que mostram alguns que o esperavam.
Eu posso citar o caso de Simeão, homem justo diante de Deus, que tomou o menino Jesus nos braços e agradeceu a Deus.
Mas, não foram apenas os seres humanos que ficaram na expectativa.
O Universo inteiro esperou o momento quando nosso Salvador derrotaria Satanás e seu reino na cruz do Calvário.

Para João a declaração de que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é muito mais do que simplesmente uma apresentação formal.
É sim a declaração de que Deus estava agora interagindo com o homem, tornando-se homem para cumprir um propósito que o próprio Deus estabelecera antes da fundação do mundo.
O povo que estava à beira do Jordão não compreendeu completamente a declaração de João.
É possível até que você e eu ainda não tenhamos compreendido plenamente o significado desta afirmação.
E seria bom que entendêssemos porque ela é a base de nossa redenção.
Enquanto não entendermos que Jesus é o enviado de Deus para nos redimir e nos limpar do pecado, não há esperança de salvação para nós.
Porque como seremos nós salvos se não sabemos que o Cordeiro de Deus é nosso Salvador?

Cordeiro de Deus em cada sacrifício feito.
Voltemos ao tabernáculo e ao santuário.
Diariamente de manhã e de tarde, o sacerdote oficiava no lugar santo, todos os dias do ano, exceto um dia. O chamado dia da expiação que caia no dia dez do sétimo mês.
Durante todo o ano, o sacrifício diário prefigurava o perdão dos pecados e uma vez ao ano, não o sacerdote, mas o sumo sacerdote, entrava no segundo compartimento também conhecido como lugar santíssimo e ali fazia expiação pelos pecados.

A expressão Cordeiro de Deus, quer dizer, o cordeiro proporcionado por Deus. Só João designava assim a Cristo, se bem que Lucas (Atos 8: 32) e Pedro (I Pedro 1: 19) empregam comparações similares (cf. Isa. 53: 7). João, o Batista, apresenta a Jesus como “o Cordeiro de Deus” a João o evangelista (João 1:35-36), e para o discípulo este título deve ter tido um profundo significado. O símbolo - que faz ressaltar a inocência de Jesus e sua perfeição de caráter, e a natureza vicária de seu sacrifício (Isa. 53: 4-6, 11-12; ver com. Êxodo12: 5)- faz recordar o cordeiro pascal do Egito, que simbolizava a libertação do jugo do pecado. “Nossa páscoa, que é Cristo, já foi sacrificada" (I Cor. 5: 7). Mediante a figura de um cordeiro, João identifica o Messias sofredor como aquele em quem se faz real e tem significado o sistema de sacrifícios dos tempos do Antigo Testamento. Na presença Divina e no propósito de Deus, ali estava o “Cordeiro que foi morto desde o princípio do mundo...” (Apocalipse 13: 8).

Só em virtude de que o cordeiro de Deus não tinha pecado (Hebreus 4: 15; I Pedro 2:22) ele podia tirar, isto é: limpar nossos pecados. (I João 3:5). Sendo que a carga de pecados era demasiado pesada para que nós a levássemos, Jesus veio para levantar a carga de nossas vidas destroçadas.

Cordeiro do Jordão.
João ficara profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ao ouvir-se a voz do Céu, reconheceu o Batista o sinal que lhe fora prometido por Deus. Sabia ter batizado o Redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre ele, e, estendendo a mão, apontou para Jesus e exclamou: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: "O Cordeiro de Deus".

Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: "Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto?" O pai respondera: "Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho". Gênesis 22:7 e 8. E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo dAquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: "Como um cordeiro foi levado ao matadouro", "o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:7 e 6); mas o povo de Israel não compreendera a lição. Muitos deles consideravam as ofertas sacrificais muito semelhantes à maneira por que os gentios olhavam a seus sacrifícios - como dádivas pelas quais tornavam propícia a Divindade. Deus desejava ensinar-lhes que de Seu próprio amor provinha a dádiva que os reconciliava com Ele.

Conclusão:
Assim como João Batista fez, devemos nós fazer também: Exaltar a Jesus, clamando: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Unicamente Ele pode satisfazer o anseio do coração, e dar paz à alma.
De maneira clara precisam os pastores e mensageiros apresentar a verdade tal como é em Jesus. Sua própria mente precisa compreender mais plenamente o grande plano da salvação. Podem, então, conduzir a mente dos ouvintes, das coisas terrestres para as espirituais e eternas.

Muitas pessoas há que querem saber o que fazer para serem salvas. Querem uma explicação simples e clara dos passos indispensáveis para a conversão e nenhum sermão deve ser feito sem que nele se contenha uma porção especialmente destinada a esclarecer o caminho pelo qual os pecadores podem atingir a Cristo para se salvarem. Devem encaminhá-los a Cristo, como o fez João e, com comovedora simplicidade, estando-lhes o coração a arder, com o amor de Cristo, devem dizer: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29. Veementes e fervorosos apelos devem ser feitos ao pecador para que se arrependa e se converta.

Ainda hoje as pessoas precisam ouvir a voz dizendo: Eis o Cordeiro de Deus.
Exaltemos a Jesus, mais e mais, dizendo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29. Ao ouvirmos o clamor: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", (Lucas 18:13) encaminhai a alma ao refúgio de um Salvador que perdoa o pecado.
A toda alma penitente, a mensagem é: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Mateus 11:28.

Jesus Cristo é a sabedoria do Pai e nosso grande Mestre enviado por Deus. Cristo declarou no sexto capítulo de João que Ele é o pão que desceu do Céu. “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do Céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e este pão é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo”. João 6:47-51
Digamos aos pecadores: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29. Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial”.
Você e eu precisamos daquele Cordeiro apresentado por João Batista. Que o Senhor Jesus seja não apenas o nosso Cordeiro, mas que seja também o nosso Salvador.
A Ele o nosso louvor.

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